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Sem acordo com Correios, grevistas planejam paralisação nacional na 3ª

Os funcionários pedem reajuste de 20% e manutenção do plano de saúde

Por Economia & Negócios e Agência Brasil
Atualização:

BRASÍLIA - Reunidos no fim da tarde desta quinta-feira, 12, os representantes dos Correios fizeram uma proposta de reajuste de 8% nos salários, garantia da manutenção de todos os benefícios com reposição da inflação integral no período (6,27%), vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro, e vale-cultura, dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo governo federal. A proposta, no entanto, não foi aceita.

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A direção da empresa considerou "impraticáveis" as demandas dos sindicalistas. A reunião foi realizada com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e com sindicatos de Bauru, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de São Paulo e do Tocantins.

Os funcionários pedem reajuste de 20% e manutenção do plano de saúde. "O pessoal que faz mais a adesão é operacional", afirmou José Rivaldo da Silva, secretário de Finanças da Fentect. "Não existe a possibilidade de manter um porcentual trabalhando, porque a empresa é muito grande e continua funcionando."

Em nota, os Correios informaram hoje que, apesar de dez dos 35 sindicatos que reúnem os trabalhadores da estatal terem decretado paralisação, 92,15% do efetivo de funcionários da empresa compareceram hoje ao trabalho, o equivalente a 114.696 empregados. Ontem, o índice de comparecimento ao serviço foi de 93,3%. Nesta quinta-feira, houve protestos em São Paulo.

O documento informa ainda que os Correios mantiveram 78% da carga em dia até ontem, o equivalente a 22,8 milhões de cartas e encomendas. De acordo com a empresa, para a normalização do fluxo postal, funcionários poderão ser deslocados entre as unidades e horas extras e mutirões de entrega nos fins de semana poderão ser adotados.

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