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Serviços dão R$ 4,599 bilhões ao Bradesco no trimestre

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

As receitas de serviços do Bradesco apresentaram expansão de 11,7% no primeiro trimestre de 2013 ante um ano, totalizando R$ 4,599 bilhões ao final de março último. Na comparação trimestral, porém, foi vista retração de 1,6%. O resultado foi impactado, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras da instituição, pela redução das receitas advindas de conta corrente e de assessoria financeira.As rendas com cartões permaneceram praticamente estáveis, com leve alta de 0,9%, para R$ 1,667 bilhão, "apesar do efeito sazonal do quarto trimestre, caracterizado por um maior ritmo da atividade econômica". Em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, a evolução de 20% decorreu, principalmente, do acréscimo das receitas sobre compras e serviços, originadas pela evolução no faturamento e da quantidade de transações com cartões. O faturamento com cartões de crédito totalizou R$ 85,98 milhões nos três primeiros meses de 2013, queda de 3,2% ante o trimestre anterior e aumento de 5,4% em 12 meses.Contas correntesO Bradesco também informou que as receitas com contas correntes apresentaram uma redução de 3,8% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, em virtude, basicamente, do menor volume de serviços. Em 12 meses, esses ganhos cresceram 11,4%, reflexo, principalmente, da expansão da base de clientes correntistas, cujo aumento líquido representou 459 mil clientes ativos (398 mil contas de clientes pessoa física e 61 mil de clientes pessoa jurídica) e da ampliação do portfólio de serviços prestados.Nas operações de crédito, a receita do Bradesco se manteve estável em relação ao trimestre anterior, em R$ 517 milhões. No comparativo entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período do ano anterior, a expansão de 3,2% foi influenciada pelo aumento das rendas com garantias prestadas, que evoluíram 21,4%, originadas, basicamente, do aumento de 17,3% no volume das operações de avais e fianças e da expansão no volume das demais operações contratadas no período.A receita com a administração de fundos também se manteve em R$ 550 milhões ao final de março ante dezembro. Na comparação trimestral, entretanto, foi vista alta de 4,6%. O aumento é explicado, segundo o Bradesco, às evoluções verificadas nos fundos e carteiras, que cresceram 26,2%, mas, compensado, em parte, pelo comportamento do índice Ibovespa no período, que foi negativo em 12,7%, impactando as receitas oriundas dos fundos e carteiras administradas atreladas a renda variável.A margem financeira total do Bradesco totalizou R$ 10,706 bilhões no primeiro trimestre deste ano, praticamente estável (+0,1%) ante um ano. O resultado se deveu ao aumento de R$ 287 milhões na margem de juros. Na comparação trimestral, porém, o Bradesco registrou recuo de 3,6% na sua margem financeira total. A variação é justificada, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do banco, pela diminuição na margem de não juros, no valor de R$ 234 milhões, devido, principalmente, aos menores ganhos com a arbitragem dos mercados e à redução de R$ 169 milhões na margem de juros.Esta queda foi ocasionada pelos "menores resultados obtidos no crédito, decorrente, principalmente, da nova política de taxas de juros para o segmento de cartões de crédito", explica o banco. Dos R$ 10,706 bilhões da margem financeira total do banco, R$ 10,509 bilhões são de operações que rendem juros. Os outros R$ 197 milhões foram provenientes de transações que não rendem juros.Eficiência operacionalO índice de eficiência operacional (IEO) do Bradesco teve melhora de 1,2 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre de 2012, encerrando março em 41,5%. Esta é a quinta redução seguida do indicador. Quanto menor, melhor. No que se refere ao indicador acumulado em 12 meses, foi vista estabilidade em relação ao trimestre anterior.O IEO trimestral passou de 42,5% no quarto trimestre de 2012 para 40,9% nos três primeiros meses deste ano. A melhora é explicada, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do Bradesco, pela redução das despesas de pessoal, reflexo, essencialmente, da maior concentração de férias nesse trimestre e por menores despesas administrativas.Já no conceito ajustado ao risco, o qual reflete o impacto do risco associado às operações de crédito, o índice de eficiência do Bradesco encerrou março em 52,6%, com melhora de 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior. "Tal comportamento foi influenciado, principalmente, pela redução dos custos da inadimplência no período", justifica o banco.BasileiaO Bradesco terminou março último com índice de Basileia de 15,6%, elevação de 0,6 ponto porcentual na comparação com o indicador visto em 12 meses, de 15,0%. Ante o trimestre imediatamente anterior, porém, o banco registrou queda de 0,5 ponto porcentual. O índice mínimo de capitalização exigido pelo Banco Central é de 11%. O Basileia mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital.Do consolidado total no primeiro trimestre, 11% é composto pelo chamado capital nível 1 (ou "tier 1", que inclui os recursos de maior qualidade, como lucros retidos). O Bradesco destaca em relatório da administração que a redução do índice de basileia na comparação trimestral foi influenciada pelo aumento na parcela de risco de mercado e compensado, em parte, pela emissão de letras financeiras subordinadas para compor o nível II no primeiro trimestre de 2013, no valor de R$ 1,234 bilhão.Além disso, o banco lembra, conforme o documento, que, em março de 2013, o BancoCentral divulgou um conjunto de quatro resoluções e quinze circulares, que implantam no Brasil as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia relativas à estrutura de capital de instituições financeiras, conhecidas em seu conjunto por "Basileia III". A implantação da nova estrutura de capital no País, segundo o banco, inicia-se a partir de 1º de outubro de 2013.Os recursos captados e administrados pelo Bradesco atingiram a marca de R$ 1,277 trilhão ao final de março deste ano, aumento de 17,5% em comparação com o mesmo mês de 2012. Em relação ao quarto trimestre de 2012, a alta foi de 4,3%.

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