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Setor de aviação executiva prevê recuperação

Retomada do segmento, contudo, deve ser lenta; vendas caíram até 90% nos últimos dois anos

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Por Luciana Dyniewicz
Atualização:

Após ter ficado praticamente parado nos últimos dois anos, o mercado de aviação executiva no Brasil começa a sentir os primeiros sinais de recuperação, ainda que de forma lenta. Um dos termômetros é a presença de um maior número de aeronaves na Labace, maior feira do setor da América Latina, que termina hoje em São Paulo.

Feira reúne este ano 47 aeronaves, quatro a mais que em 2016 Foto: Sebastião Moreira/Estadão

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Neste ano, estão em exibição 47 modelos, quatro a mais que no ano passado, mas número bastante inferior ao de 2013, quando foram quase 70 – alguns expositores simplesmente abandonaram o evento.

Retomada. Acostumada a vender entre 50 e 60 aeronaves por ano, a TAM Aviação Executiva, representante no Brasil das fabricantes Beechcraft, Cessna e Bell Helicopter, fechou contratos para apenas 25 unidades em 2016. Neste primeiro semestre, entretanto, já foram 15. “Na primeira metade de 2016, foram três. Se tudo caminhar bem, vamos fechar este ano com algo entre 35 e 40”, disse o presidente da empresa, Leonardo Fiuza.

Na Embraer, o recuo nas vendas foi semelhante, na ordem de 50%, e na Helibrás, fabricante de helicópteros brasileira da Airbus, chegou a 90% – mas há sinais de recuperação. A companhia fechou contrato de venda de cinco unidades neste ano – em 2016, havia sido duas, enquanto, nos tempos de euforia do setor, a média ficava entre 25 e 30. “Mas estamos com muitas negociações, faltam as concretizações”, disse o presidente da Helibrás, Richard Marelli. Os modelos negociados agora são de nível intermediário (de US$ 5 milhões a US$ 7 milhões). Os mais baratos (de cerca de US$ 3 milhões) estão quase sem demanda, pois quem os procurava eram clientes novos, que ainda não tinham nenhuma aeronave. “Agora, quase não temos mais entrada de clientes novos.”

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