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Siemens e Mitsubishi concluem oferta pelo negócio de turbinas da Alstom

Por JENS HACK E BENJAMIN MALLET
Atualização:

A alemã Siemens e a japonesa Mitsubishi Heavy Industries estão colocando os toques finais na oferta conjunta pelo negócio de turbinas da Alstom, incluindo uma parcela em dinheiro de cerca de 9 bilhões de euros, disseram fontes próximas das ofertantes. Sob a complexa oferta, a Siemens compraria o negócio de turbinas a gás da Alstom enquanto a Mitsubishi injetaria dinheiro e ativos industriais em uma joint venture de turbinas a vapor, disseram as fontes. Como parte do acordo, a Mitsubishi e o governo francês assumiriam participações na Alstom, adquirindo parte das ações hoje detidas pelo grupo francês Bouygues, detalhou uma fonte próxima ao assunto. A Alstom manteria o controle sobre suas atividades de transmissão de energia e renováveis, que não farão parte da oferta da Siemens e Mitsubishi. Numa segunda etapa, que uma fonte descreveu como "completamente independente" do negócio sobre turbinas, a Siemens e a Alstom combinariam suas atividades ferroviárias. Ainda não está claro que fatias as empresas teriam no negócio. Se o governo francês comprar uma fatia, uma fonte disse que Berlim também consideraria comprar ações para ficar "no mesmo nível" que Paris num grupo que combinasse atividades de trens de alta velocidade ICE e TGV, da Siemens e da Alstom. "O que está sendo discutido é uma parceria industrial e comercial em turbinas", disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto. "Mas só o acordo fazer sentido no papel não é o bastante. É preciso ver as estrelas se alinharem". Duas fontes separadas disseram que a Siemens e a Mitsubishi ofereceriam cerca de 9 bilhões de euros em dinheiro no negócio de turbinas. Isso se compara aos 12,35 bilhões de euros (16,9 bilhões de dólares) oferecidos pela General Electric por todos os ativos de energia da Alstom, incluindo operações de turbinas, renováveis e de rede de transmissão. "A oferta não pode ser comparada com a da GE, pois ela são de naturezas tão diferentes", disse outra fonte próxima à Mitsubishi. A Siemens, a Alstom e a Mitsubishi não quiseram comentar. (Reportagem adicional de Alexander Huebner em Frankfurt, Gernot Heller em Berlim, Jean-Baptiste Vey & Natalie Huet em Paris)

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