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Sindicato de pilotos da Alemanha diz que novas greves na Lufthansa são iminentes

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Por Redação
Atualização:

O sindicato dos pilotos da Alemanha afirmou na noite de sexta-feira que as negociações com a Deutsche Lufthansa a respeito dos benefícios da aposentadoria antecipada foram interrompidas e que novas greves podem acontecer a qualquer momento, embora não no Natal. A Lufthansa declarou que a companhia fez concessões nas negociações recentes, incluindo os 5 por cento de aumento dos salários. Mas a empresa reiterou por meio de comentários via e-mail que não irá aceitar o pedido para que novos pilotos, assim como aqueles que já trabalham na companhia, possam se aposentar aos 55 anos de idade. “A partir de agora, greves podem acontecer a qualquer momento na Lufthansa, Lufthansa Cargo e Germanwings”, afirmou o sindicato em um comunicado. Mais tarde, um porta-voz acrescentou que não há greves planejadas para o período de Natal, mas não quis dar mais detalhes. O impasse é sobre mudanças propostas para um esquema de aposentadoria antecipada para pilotos que foi desenvolvido há décadas, quando eles tinham de parar de trabalhar aos 55 anos. “Infelizmente, a administração da Lufthansa não aceitou nossas propostas de comprometimento e continua a insistir em suas demandas máximas”, dizia o comunicado. A disputa resultou em repetidas greves durante este ano, afetando milhares de passageiros da maior companhia aérea da Alemanha. As oito greves de funcionários neste ano tiraram 160 milhões de euros do lucro operacional da companhia, aumentando a pressão em meio a uma economia global cambaleante e à crescente concorrência. No mês passado, a Lufthansa reduziu a sua meta de lucro para 2015 pela segunda vez neste ano, afetando suas ações. O transporte de passageiros na Alemanha também foi afetado neste ano por greves de ferroviários. A última delas, no início deste mês, atrapalhou os planos de muitos alemães que queriam viajar de trem para assistir às celebrações do 25º aniversário da queda do Muro de Berlim. Assim como os pilotos, os maquinistas ainda têm de chegar a um acordo com seus empregadores.

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