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Sindicatos protestam por jornada menor; Fecomercio critica

No Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada de Trabalho, centrais exigem 40 horas semanais em vez de 44

Por Ana Luísa Westphalen e da Agência Estado
Atualização:

Nesta quarta-feira, 28, os trabalhadores celebram o Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada de Trabalho com manifestações em vários pontos de São Paulo Eles cobram a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), no entanto, se colocou contra e afirmou que a redução poderia incentivar a informalidade.   Segundo a Fecomercio-SP, isso porque a proposta é feita sem a redução proporcional dos salários, o que gera um aumento de custos para as empresas em decorrência das novas contratações e acréscimo da folha de pagamento pela elevação das despesas com encargos sociais. Dessa forma, haveria um aumento do custo pela hora trabalhada.   O presidente do Conselho de Relações de Trabalho da entidade, Ivo Dall'Ácqua Júnior, classificou a legislação trabalhista brasileira como protecionista. "Países com legislação mais rigorosa são os que mais apresentam índices de desemprego ou de trabalho informal", avaliou.   Para a Fecomercio-SP, a redução da jornada de trabalho por meio da negociação coletiva é a melhor alternativa para adaptar a relação entre o capital e trabalho à realidade econômica do País.   A Força Sindical e outras centrais promovem desde as 6 horas manifestações em vários pontos de São Paulo. Também estavam previstas manifestações pró-redução da jornada de trabalho em outros 15 Estados, entre eles Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, segundo informações da Força Sindical.   Protestos   Manifestantes bloquearam o acesso à Ponte Estaiada e interditaram trechos da rodovia Dutra e Raposo Tavares nesta quarta-feira. Segundo a concessionária Novadutra, o grupo de 50 pessoas interditou a pista local sentido São Paulo, na região de Vila Maria. Por volta das 9 horas, os manifestantes se deslocaram para a avenida localizada ao lado da rodovia, permitindo a volta do fluxo de veículos, que chegou a ficar parado em quase cinco quilômetros.    Na Raposo Tavares, cerca de 300 pessoas interditaram parte da pista na altura do km 17, na região do Jardim Arpoador, sentido interior, complicando o tráfego na região.   Por volta das 11 horas, porém, a Ponte Estaiada havia sido liberada parcialmente pelos 600 manifestantes que ocupavam o local. O grupo ocupava, por volta das 11horas, apenas a faixa da direita da pista sentido Jabaquara da ponte.   Cerca de 3 mil manifestantes também fecharam totalmente o terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, no Centro de São Paulo, por volta das 12 horas, segundo informações do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo. Os ônibus que deveriam operar no terminal estão sendo desviados para outros locais. A interdição, de acordo com o sindicato, deve durar até as 13 horas, quando os manifestantes irão se dispersar.   (com Solange Spigliatti, do estadao.com.br)

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