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Taxa de desemprego no Japão cai para 4,5% em fevereiro

A produção industrial do país também recuou 1,2% no mês contrariando previsões do mercado de crescimento para o período

Por Agência Estado
Atualização:

O governo do Japão informou hoje que a taxa de desemprego do país recuou para 4,5% em fevereiro, depois de ter atingido 4,6% em janeiro

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Segundo dados divulgados pelo governo, a produção industrial caiu 1,2% em fevereiro perante janeiro, quando havia registrado uma expansão de 1,9%. A previsão de economistas ouvidos pela Dow Jones apontava para um crescimento de 1,3% no período

Outro indicador de atividade industrial, medido pela Markit Economics e a Associação de Gestão de materiais do Japão (JMMA)informa que atividade dos gerentes de compras no país (PMI) subiu para 51,1 em março, de 50,5 em fevereiro. Índices acima de 50 apontam expansão na atividade; abaixo disso, uma retração.

Inflação

O índice de preços ao consumidor do Japão fechou fevereiro com uma alta de 0,2% em relação ao mês anterior e alta de 0,3% em comparação com o mesmo mês do ano passado. O núcleo do índice, que exclui os preços de alimentos, teve uma alta de 0,1% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2011; economistas previam um recuo anual de 0,1%.

O índice de preços ao consumidor da região metropolitana de Tóquio, por sua vez, teve uma alta de 0,4% em março, em relação ao mês anterior, com recuo de 0,1% na comparação com o mesmo mês de 2011. O núcleo do índice teve um recuo de 0,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, em linha com a previsão dos economistas. 

Impostos

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Hoje o gabinete de governo do Japão, liderado pelo primeiro-ministro Yoshihiko Noda, aprovou o projeto de lei que duplica o imposto sobre vendas. Noda havia prometido submeter o projeto ao Parlamento até o fim de março e deve fazê-lo ainda nesta sexta-feira.

Entre os integrantes do governo que acabaram apoiando o projeto estava o ministro dos Bancos, Shozaburo Jimi, do conservador Novo Partido do Povo (NPP). Caso Jimi se recusasse a apoiar a elevação do imposto, Noda provavelmente teria de afastá-lo, o que daria fim à coalizão de governo.

A aprovação do projeto não é certa, já que vários deputados do Partido Democrático do Japão (PDJ), do primeiro-ministro, já se manifestaram contra. Ichiro Ozawa, ex-presidente do PDJ e líder de uma ala importante do partido, deu entrevista nesta quinta-feira dizendo que não poderia "apoiar uma simples elevação de imposto". "Se o sr. Noda pressionar por uma elevação de imposto impopular, sua base de apoio no partido vai desaparecer", acrescentou. 

 As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)

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