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Tecnologia chega às malas de viagem

Produtos da startup Raden trazem entrada USB, para carregar celulares, e GPS

Por Matthew Schneier
Atualização:
Consumidores experimentam a novidade Foto: Stefania Curto/The New York Times

Há pouco tempo, em uma noite de terça-feira no SoHo, sob uma bandeira recém-pendurada, as portas da Raden se abriram, mas somente para os visitantes que tinham o nome na lista do porteiro.

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Lá dentro, um mostruário circular chegava quase até o teto e capturava a luz de uma iluminação que ia mudando de cor, como o nascer ou o pôr do sol. Era uma instalação concebida e montada por Noah Sherburn, arquiteto e designer que criou palcos para Kanye West e Jay Z.

Havia mais pompa e circunstância do que o normal – ou pelo menos mais do que o habitual para a abertura de um showroom de malas. Por toda a loja de quase 560 metros quadrados, os participantes da festa fuçavam as malas, verificando suas portas USB e checando estações de iPads para obter mais informações.

O diferencial é a tecnologia. A empresa quer produzir mais do que meras malas. Elas são inteligentes – no sentido tecnológico da palavra. A bateria incluída, aprovada pela Administração de Segurança do Transporte, pode carregar telefones ou dispositivos conectados via USB e sincronizar com um aplicativo da Raden que permite que você localize geograficamente sua mala (ele pode lhe enviar uma notificação no momento em que sua bagagem chegar ao carrossel do aeroporto) ou pesá-la usando um sensor na alça. Se inserir os detalhes do seu voo no aplicativo, poderá saber qual a taxa aplicada para excesso de peso.

“O objetivo é humanizar o artigo”, disse Josh Udashkin, fundador e diretor executivo da Raden, citando, com devaneios de empreendedor, modelos como iPhones da Apple e aspiradores da Dyson. Aos 32 anos, Udashkin, que exerceu a advocacia e trabalhou para a empresa de calçados Aldo negociando contratos imobiliários e desenvolvendo as vendas no atacado, tem prática com jargões do mundo dos negócios e a reverência de um guru do marketing ao potencial ilimitado do branding.

Até agora, sua dedicação convenceu alguns investidores a entrar com US$ 3,5 milhões. “Você tem de fazer a coisa perfeita. Estou tentando fazer uma mala de policarbonato impecável”, disse Udashkin.

As malas da Raden vêm em dois tamanhos (US$ 295 pela bagagem de mão e US$ 395 pelo tamanho maior, para check-in, ou US$ 595 o par) e sete cores e uma bateria recarregável.

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Em sua marcha rumo à bagagem tecnológica, a Raden não é a primeira, e não está sozinha. Startups que vendem direto ao consumidor, como Away e Bluesmart, seguem a mesma linha, mas a abordagem da Raden é bombástica e singular.

Muitos dos seus concorrentes, como Samsonite, Tumi e Rimowa, estão mais lentos na inclusão de tecnologia em malas.

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