
27 de agosto de 2012 | 10h53
A decisão da ThyssenKrupp de investir mais de US$ 10 bilhões em sua produção no Brasil e nos Estados Unidos nos últimos anos acabou sendo um fracasso, principalmente diante da volatilidade do real, dos custos de operação e inflação. O resultado foi um prejuízo de US$ 2,1 bilhões em 2011 para a empresa. Isso tudo em um cenário de queda na demanda mundial.
Desde o início de 2012, a empresa já iniciou uma ampla venda de suas divisões, entre elas a de super iates milionários. No inicio do ano, a ThyssenKrupp já aceitou se desfazer de operações na Finlândia, no valor de 2,7 bilhões. Em junho, a empresa contratou os bancos Morgan Stanley e Goldman Sachs para ajudar a encontrar um comprador para as usinas no Brasil e nos Estados Unidos. Entre as principais joias da coroa à venda estão os 73% de ações que os alemães detêm na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A ThyssenKrupp revelou em maio deste ano a intenção de vender a participação na siderúrgica brasileira, que tem pouco mais de dois anos de operação e consumiu 5,2 bilhões de investimentos. O executivo já indicou que ofereceria a empresa para a Vale, que detém um quarto da usina. Mas a companhia brasileira já informou que não estaria interessada na aquisição. Hiesinger admitiu que poderá oferecer o negócio para investidores asiáticos.
No mercado, analistas apontam que ArcelorMittal, Hebei e Baosteel possam estar interessados. A Posco também declarou em junho que poderia estar interessada na empresa no Brasil.
Nos Estados Unidos, a empresa alemã colocou à venda uma usina no Alabama que há anos sofre para manter suas contas equilibradas. Em 2011, a usina registrou perdas da ordem de US$ 1,1 bilhão, além de outros US$ 773 milhões em 2012. O executivo admite que as duas usinas terão de ser vendidas a dois compradores diferentes e que se desfazer desses ativos não será uma tarefa fácil. ?Talvez tenhamos de negociar com dois compradores separados?, disse, lembrando que, ainda assim, a venda terá de ser coordenada, já que as produções no Brasil e nos Estados Unidos estão interligadas. AS informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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