PUBLICIDADE

Publicidade

Tombini sinaliza que BC vai continuar a intervir para conter alta do dólar

Presidente do Banco Central diz que instituição tem condições para atuar e retirar excesso de volatilidade do mercado de câmbio

Foto do author Célia Froufe
Por Renata Veríssimo , Célia Froufe (Broadcast), Eduardo Cucolo e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, 18, que a instituição tem uma política de retirar excesso de volatilidade do mercado de câmbio.

"Estamos sempre preparados para extrair volatilidade do mercado quando ela é excessiva. Temos feito isso, com que o mercado de câmbio funcione de maneira adequada." "Muitas vezes temos uma disfunção em algum segmento e temos instrumentos e condições para entrar nesse mercado e intervir", afirmou.  Tombini disse que o atual movimento de câmbio é um reposicionamento do mercado, mas previu que este período de transição poderá ser muito longo. Ele acredita que, diferente de outros períodos de volatilidade nos últimos cinco anos, desde a crise, neste momento há uma percepção de que a economia esta ganhando mais firmeza e não poderá ter mais estímulos. "Esta transição está sujeita a trepidação, mas nada tira as perspectivas de que o mundo fique melhor que nos últimos cinco anos. Teremos que ver onde isso nos levará e como se acomodará", disse. O presidente do BC reforçou que o regime cambial do Brasil é flexível e deve absorver tanto choques negativos como positivos. "Quando houve uma melhora nos termos de troca da economia, isso se refletiu no câmbio. Da mesma forma, quando se elevou a aversão ao risco nos mercados internacionais, nesse momento ocorre esse fenômeno, as moedas se depreciaram em relação ao dólar norte-americano." O presidente do Banco Central afirmou ainda que o regime de câmbio flexível e a condução da política monetária reduzem o repasse da variação cambial para a inflação. Tombini participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.