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Total vai explorar gás de xisto com a China

Por AE
Atualização:

A francesa Total fechou acordo com a China na área de gás de xisto e está em negociações sobre operações de refino, enquanto tenta mudar seu foco na direção do mercado chinês de rápido crescimento, disse o executivo-chefe da companhia, Christophe de Margerie. Segundo ele, as autoridades chinesas possuem agora uma participação de 2% na companhia.A Total fechou um pacto com a China Petrochemical Corp. (Sinopec Group) para pesquisa e produção de gás de xisto, disse de Margerie em entrevista ao The Wall Street Journal.A China tem ambições de explorar seus potencialmente lucrativos, mas ainda tecnicamente desafiadores, depósitos de gás de xisto (gás natural preso em formações rochosas). O gás de xisto transformou o mercado de energia dos EUA, mas ainda não foi aproveitado pela China.A Total também está em negociações para obter o direito para comercializar dentro da China combustível e petroquímicos produzido por um planejado complexo de refino no sul do país, disse de Margerie. Na última terça-feira, a Total disse que concordou em construir o complexo com capacidade para 300 mil barris por dia em Zhanjiang, na província de Guangdong, no sul da China, com Sinopec e duas empresas do Kuwait, a Kuwait Petroleum International e Petrochemicals Industries. A empresa chinesa detém 50% do projeto, a Total possui 20% e as empresas do Kuwait, a fatia restante. De Margerie estipulou o valor do projeto da refinaria em quase US$ 10 bilhões, embora tenha dito que as negociações ainda não estão completas.De Margerie, que planeja se reunir com o governo chinês e representantes da Sinopec nesta semana, afirmou que a Administração Estatal de Câmbio da China, que detêm as vastas reservas internacionais do país, tem agora 2% da empresa. Ele disse que os novos investimentos serão bem-vindos, incluindo a possibilidade de recursos do fundo soberano China Investment Corp. (CIC)."Se o CIC quiser ter mais, não vemos qualquer problema", declarou Margerie. Ele também confirmou que o Catar tem agora uma participação de 2% da Total. As informações são da Dow Jones.

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