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Trabalhadores da Opel não negociarão cortes locais na Europa

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Por Redação
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Representantes de trabalhadores da Opel, unidade europeia deficitária da General Motors (GM), afirmaram nesta segunda-feira que não iriam se envolver nas conversações sobre medidas de reestruturação em cada unidade, preferindo uma estratégia em escala europeia para salvar fábricas e empregos. É esperado que os administradores da Opel apresentem um plano de negócios para o conselho de supervisão na quarta-feira, que pode resultar no fechamento de duas fábricas na Europa para reduzir a capacidade em 30 por cento. As duas unidades consideradas de maior risco são Bochum, na Alemanha e Ellesmere Port, na Inglaterra. "Não vamos negociar localmente", disse o representante dos trabalhadores europeus em uma carta aberta ao presidente-executivo da Opel Karl-Friedrich Stracke, publicada nesta segunda-feira. "As forças de trabalho estão se preparando para evitar serem jogadas umas contra as outros pela administração", afirmou Ferdinand Dudenhoeffer, diretor do Centro de Pesquisa Automotiva na universidade de Duisburg-Essen. Stracke disse este mês de que não havia "tabus" na companhia para direcionar o corte de custos, embora ele honraria um acordo para não fechar unidades antes do final de 2014. A Opel, baseada em Ruesselsheim, na Alemanha, fez este acordo com sindicatos em 2010 em troca de concessões de trabalho avaliadas em 265 milhões de euros (351 milhões de dólares) por ano. A GM tem ficado mais impaciente com os prejuízos crônicos na Europa, incluindo o de 747 milhões de dólares no ano passado. Ela juntou forças com a francesa Peugeot Citroen para ajudar em cortes de custos anuais de 2 bilhões de dólares. Os projetos em conjunto das duas fabricantes terão início até o final de 2012 e cada uma apontou cinco executivos para formar um comitê de direção para supervisionar e explorar áreas de cooperação. Em um email para os empregados na semana passada, Stracke disse que "Toda a indústria vai enfrentar mercados automotivos muito fracos na Europa. Isto é porque temos que agir agora a fim de melhorar a rentabilidade de uma forma sustentada." (Por Jan Schwartz)

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