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Trabalhadores de mina da CSN vão manter greve

Por GUSTAVO URIBE E CHIARA QUINTÃO
Atualização:

Os trabalhadores da Mina Casa de Pedra, em Congonhas (MG), decidiram hoje manter por tempo indeterminado a greve que começou no último sábado (dia 28). O presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, Valério Vieira, avaliou que as conversas com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) avançaram "muito pouco", em reunião de conciliação promovida na manhã de hoje.Conforme informações da assessoria de imprensa da siderúrgica, a CSN reiterou as propostas feitas na semana passada. Uma das opções é de 8,30% de reajuste salarial mais 15% no cartão alimentação; outra é de 7,30% de reajuste salarial mais 30% no cartão alimentação; e a terceira é de 7% de reajuste salarial mais 45% no cartão alimentação. A assessoria de imprensa da CSN informou também que a empresa ofereceu reajustes nos benefícios como cartão alimentação, bolsas de estudo para nível técnico e superior, kit escolar e auxílio creche."Não vamos aceitar a proposta", disse o dirigente sindical, segundo o qual uma nova reunião com os representantes da empresa será promovida amanhã (31), quando deve ser discutida denúncia contra a empresa, feita pelo Sindicato Metabase Inconfidentes, de cárcere privado. A entidade acusa a CSN de manter um grupo de cerca de 150 mineiros, desde quinta-feira, no interior da Casa de Pedra. A CSN nega a acusação.Ainda de acordo com a assessoria da CSN, a companhia oferece R$ 250 como cartão de alimentação no fim do ano, e o Sindicato solicitou que esse benefício fosse incluído, por escrito, na proposta. Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 15%, além da revisão da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e um cartão alimentação de R$ 450, quantia superior aos atuais R$ 280.A paralisação compromete cerca de 75% da produção de minério de ferro, de acordo com o sindicato, mas a CSN diz que as operações da mina não foram alteradas.No primeiro trimestre, a CSN vendeu 6,6 milhões de toneladas de minério de ferro para terceiros, o que representa crescimento de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado e de 3% ante os três últimos meses de 2010. Esses volumes incluem a Casa de Pedra e consideram 100% de participação da CSN na controlada Namisa.

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