02 de fevereiro de 2011 | 19h05
"Presentes, pois, os requisitos exigidos pelo art. 273 do Código de Processo Civil, defiro a antecipação dos efeitos da tutela para suspender, até o julgamento final do presente dissídio coletivo, todas as dispensas efetivadas pela suscitada, sem justa causa, a partir, inclusive, do dia 24 de janeiro do corrente ano, e para determinar que ela se abstenha de proceder a novas dispensas", define o desembargador em sua decisão, num documento de cinco páginas. Ele estabelece multa diária de R$ 1 mil por empregado já dispensado ou que venha a ser dispensado, caso a empresa deixe de acatar a decisão. Além disso, estabelece o dia 22 de fevereiro para a realização de uma reunião de conciliação.
Apesar da decisão do TRT, o presidente em exercício do Sindicato, Herbert Claros, juntamente com o diretor sindical José Donizeti de Almeida e dois trabalhadores da Avibras, se reúnem amanhã, às 16h, em Brasília, com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para discutir a situação. "Temos uma boa expectativa dessa reunião, mas vamos aproveitar para também cobrar agilidade da Casa Civil, a fim de acelerar a assinatura do contrato do projeto Astros 2020", afirmou Claros.
O projeto, que prevê a fabricação de novos veículos lançadores de mísseis, custaria cerca de R$ 2 bilhões e seria, de acordo com os sindicalistas, a "salvação" da empresa, que teria que contratar mais 600 trabalhadores. A empresa também deixou de pagar os salários e a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o que deveria ter ocorrido na segunda-feira. O sindicato deu prazo até a sexta-feira, quando fará uma assembleia, e ameaça fazer greve, caso a situação não seja regularizada.
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