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Turbulências na economia levam Bombardier a demitir

Por JOHN MCCRANK E SCOTT ANDERSON
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A divisão aeroespacial da Bombardier planeja cortar mais de 1,3 mil postos de trabalho em resposta a um desaquecimento da demanda por jatos executivos, disse a empresa nesta quinta-feira. A companhia baseada em Montreal informou que 1.010 funcionários temporários e terceirizados, assim como 350 empregos diretos que serão cortados, representam algo como 4,5 por cento dos seus 30 mil trabalhadores em todo o mundo. Os custos da medida devem ficar dentro de 5 milhões de dólares canadenses (4,1 milhões de dólares). Os cortes de profissionais assalariados vão acontecer nas unidades de Montreal, Wichita, Kansas e Belfast, na Irlanda do Norte, em um período de cinco meses a partir deste mês. "A indústria está vivendo uma forte turbulência, e nós antecipamos mais volatilidade no curto prazo", disse Guy Hachey, diretor de operações da Bombardier Aerospace, em um comunicado. "Os fundamentos da Bombardier são sólidos, mas estimamos que iremos enfrentar mais desafios neste ano", acrescentou. No último ano fiscal, a Bombardier entregou 239 aviões executivos, acima dos 232 no ano anterior. O número, entretanto, foi menor que o projetado por muitos analistas. Benoit Poirier, analista da Desjardins Securities, disse que esperava que a empresa entregasse 254 jatos executivos. Segundo ele, o número menor que o esperado significava cancelamentos no último trimestre do ano. A projeção foi, entretanto, mais otimista que a de outros analistas. "Imaginamos que eles fossem reduzir as entregas em 12 por cento ou algo assim, mas eles nos informaram que o número de jatos executivos será 10 por cento menor", disse Jacques Kavafian, analista da Research Capital. Os analistas da Desjardins Securities previram uma queda de 23 por cento nos pedidos de jatos executivos neste ano e acrescentaram que novos cortes de produção ainda são uma possibilidade.

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