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UE está perto de acordo político para pacote, diz premiê da Polônia

Segundo o primeiro-ministro, governos devem aceitar a ideia de recapitalização dos bancos, mas decisão levará mais tempo

Por Ricardo Gozzi e da Agência Estado
Atualização:

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, cujo país ocupa a presidência de turno da União Europeia (UE), declarou nesta quarta-feira, 26, que o bloco está próximo de um acordo político para fazer frente à crise da dívida da Grécia, mas observou que mais tempo será necessário até que seja selada uma solução mais abrangente. "Estamos próximos de um acordo político, mas detalhes importantes exigem tempo. Minha impressão é de que todos aceitam a ideia de recapitalizar os bancos, mas se vocês querem saber se uma decisão será tomada ainda hoje, serei bastante cauteloso", disse Tusk a jornalistas em Bruxelas. Ele disse que a decisão de recapitalização dos bancos e de elevação da parcela de capital Tier 1 para 9% são apenas alguns dos elementos necessários para solucionar a crise, referindo-se aos esforços da zona do euro para reforçar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, nas iniciais em inglês) e as negociações para que haja desconto dos títulos da dívida da Grécia em mãos de credores privados. "A recapitalização dos bancos sozinha não tem chance de funcionar. Isso vai depender de elementos adicionais que nos protegerão da crise", afirmou. Tusk disse ainda que os bancos primeiro deveriam tentar se recapitalizar sozinhos, depois pelo mercado, depois pelos governos e somente em última instância deveriam recorrer a uma linha como a EFSF. "Nós falamos sobre a criação de um mecanismo de garantia (para a recapitalização dos bancos) de duração de um a três anos, na base de um sistema a ser concebido pela Comissão Europeia e pela Autoridade Bancária Europeia", declarou.

As informações são da Dow Jones.

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