Os líderes europeus devem discutir esta semana se deve ser dada ajuda bilateral à Grécia, envolvendo créditos de países da União Europeia com assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse um representante do governo espanhol. Os integrantes da zona do euro estão também discutindo o quadro jurídico para que as linhas de crédito bilateral respeitem as leis dos países-membros.
"Está cada vez mais claro que o FMI precisa estar envolvido", disse a autoridade espanhola. Além da injeção de fundos, o FMI terá de fazer o acompanhamento técnico para garantir que as condições impostas pelos credores sejam cumpridas pela Grécia. Desde janeiro, a Espanha ocupa a presidência rotativa da UE.
Um representante do governo da Alemanha, por sua vez, disse que a reunião de líderes da UE não terminará com qualquer decisão sobre uma ajuda para a Grécia e que qualquer apoio ao país só poderá ser dado como um "último recurso" e teria de envolver uma contribuição "substancial" do FMI. Ele disse ainda que a Grécia não está na agenda oficial da cúpula dos próximos dias 25 e 26 dos líderes da UE em Bruxelas.
"Não está na agenda", disse. "Não haverá nenhuma decisão sobre uma possível ajuda para a Grécia." Ele acrescentou que não há nenhum acordo sobre um encontro de líderes dos 16 países que partilham o euro antes da reunião da UE e que uma reunião do tipo só faria sentido se fosse para se chegar a uma decisão sobre a ajuda à Grécia, o que, no momento, não está previsto.
Ele acrescentou que a Alemanha está conseguindo um apoio cada vez maior à sua ideia de que o FMI deve ter um papel substancial em qualquer pacote de resgate da Grécia. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, tem pressionado os líderes da UE a acertarem um quadro jurídico para uma possível ajuda à Grécia. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no entanto, insiste em que nenhuma decisão será tomada na reunião desta semana. As informações são da Dow Jones.