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Unilever desiste de estabelecer metas após resultado do 4o tri

Por DAVID JONES
Atualização:

A gigante dos produtos de consumo Unilever desistiu nesta quinta-feira de suas metas por causa das incertezas da economia global, apesar de seu resultado ter superado expectativas ao mostrar alta de 7,3 por cento nas vendas do quarto trimestre. A companhia anglo-holandesa, terceira maior fabricante mundial de alimentos e produtos de consumo, informou que não fará previsões para 2009 sob as atuais condições, o que fez com que suas ações recuassem mais de 5 por cento. "Ninguém pode ser claro sobre a extensão exata da atual recessão ou sobre a velocidade de recuperação... as metas de 2010 foram definidas em um momento muito diferente e sob circunstâncias muito distintas", afirmou o novo presidente-executivo do grupo, Paul Polman, após os resultados. Ele afirmou que a companhia estava se planejando com base em um cenário de nenhuma melhora significativa nas economias ao redor do mundo nos próximos 18 a 24 meses e que prefere não ser pressionado para alterar sua previsão "a cada cinco minutos" como seus competidores. As metas de longo prazo da Unilever eram de crescimento anual nas vendas de 3 a 5 por cento e uma melhora na margem operacional. Polman acrescentou que o grupo também vai abandonar meta de margem operacional de 15 por cento até 2010. Os comentários da companhia pesavam sobre ações do setor. A Reckitt-Benckiser caía 3,64 por cento e Danone perdia 1,61 por cento. Os rivais mundiais da Unilever como Procter & Gamble, Kraft e Danone cortaram suas metas por causa da queda no consumo e redução de estoques por parte do varejo, mas Polman disse que definir uma estimativa específica não ajuda no atual cenário. Isso confundiu analistas que, apesar da redução do ritmo econômico, esperavam algo de Polman, que entrou na Unilever no mês passado depois de ter trabalhado para a P&G e Nestlé. No trimestre encerrado em dezembro, a Unilever teve alta de 7,3 por cento nas vendas ante expectativas de analistas de incremento de 4,5 a 7 por cento. "Nos mercados em desenvolvimento ainda estamos vendo crescimento, mas a demanda está caindo como resultado da rápida mudança no cenário econômico e do impacto da inflação", disse Polman.

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