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Usiminas elegerá conselho em clima de indefinição

Por Fernanda Nunes
Atualização:

A Usiminas realiza na terça-feira, 16, uma assembleia geral extraordinária para eleger seu Conselho de Administração, com sete candidatos indicados pelo grupo controlador (Grupo Nippon, com 29,4%; Ternium/Tenaris, com 27,7%; e Fundo de Pensão Usiminas, com 6,7%). Como existem 13 vagas, estão indefinidas seis. Os acionistas minoritários poderão indicar também um candidato, "observada a legislação aplicável e a efetiva participação dos acionistas na referida assembleia", como chama a atenção o comunicado ao mercado divulgado nesta segunda-feira, 15, pela siderúrgica.Um grupo de minoritários tentará eleger Julio Sergio Cardoso, da Celesc, como representante, conforme informou a Agência Estado na última sexta feira, 12, e ainda tenta negociar a adesão de Benjamin Steinbruch, da CSN (detentora de 14,3% do capital ordinário e 20,69% do preferencial da Usiminas). Sem o voto do executivo, a eleição de Cardoso será muito difícil, pois seria necessária a adesão de 80% dos minoritários.A CSN está impedida de indicar diretamente um candidato por decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que entende a sua participação na Usiminas como interferência de concorrente nos negócios da siderúrgica mineira. A substituição do Conselho de Administração da Usiminas foi necessária após a renúncia de Nobuhiko Ikura, diretor-presidente da Nippon Steel USA. Como ele foi eleito por meio de voto múltiplo, a sua saída significou o desmanche de todo o conselho. Para atrair a atenção dos minoritários para a necessidade da tomada de posição na AGE, um grupo formado em janeiro deste ano por minoritários de várias empresas, o Grupo de Governança Corporativa (GGC), se articulou com o fundo de investimento Geração Futuro L Par, dono de 5,42% das ações preferenciais da Usiminas. Em seu nome, entraram com um Pedido Público de Procuração, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no qual convocam os minoritários para a assembleia.

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