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Usina de Jirau pode ser antecipada para 2011 com novo projeto

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

O consórcio Energia Sustentável do Brasil prevê entregar a usina hidrelétrica de Jirau quase dois anos antes do prazo, em dezembro de 2011, se a Aneel aprovar o novo projeto e a licença de instalação for concedida até agosto. Em reunião realizada com a Agência Nacional de Energia Elétrica em Brasília, nesta terça-feira, o consórcio formado por Suez Energy, Chesf, Eletrosul e Camargo Corrêa se comprometeu a apresentar o novo projeto --uma adaptação ao feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para o leilão-- em até 90 dias. "Se recebermos o ok da Aneel, o projeto segue para o Ibama para conseguir a licença de instalação", informou o assessor da Suez. O consórcio venceu o leilão de Jirau na semana passada mas foi questionado pelo perdedor, liderado por Furnas e Odebrecht, por ter alterado o projeto original. O local da usina, por exemplo, foi deslocado em nove quilômetros do inicial. A Empresa de Pesquisa Energética explicou que o projeto original já havia sido alterado pela própria EPE, assim como também ocorreu com a usina de Santo Antônio --unidade no mesmo local e adquirida por Furnas e Odebrecht--, visando reduzir custos e impactos ambientais. "A EPE fez várias alterações nos dois projetos, com adaptações de engenharia e ambientais", afirmou o assessor da EPE. Os mesmos argumentos foram utilizados pelo consórcio liderado pela Suez à Aneel nesta terça-feira, segundo a assessoria da empresa. As mudanças, explicaram, têm por objetivo reduzir custos e impactos ambientais, além de antecipar o início da operação da usina. "A antecipação da geração para dezembro de 2011 permite ao Brasil continuar crescendo no ritmo atual, sem constrangimento no atendimento energético", explicou o concórcio na apresentação à Aneel, à qual a Reuters teve acesso. O consórcio explicou que a mudança do eixo do projeto não diminui a energia assegurada prevista no edital e não acarreta prejuízo para o projeto vizinho, de Santo Antônio. Eles admitiram que uma área maior será inundada, mas em regiões que já possuem alguma atividade. Ainda para convencer a Aneel, o consórcio demonstrou que o novo projeto prevê menos escavações, ou seja, menos terra será extraída do rio. O projeto prevê ainda a criação do distrito de Mutum Paraná, que não estava no projeto original, "e que vai reduzir os impactos sociais sobre a cidade de Porto Velho", segundo o documento. (Edição de Camila Moreira)

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