18 de setembro de 2013 | 14h09
Em fato relevante, a Vale ressalta que os termos e condições de um potencial acordo de venda de participação para a Brookfield ainda estão sendo discutidos, não sendo possível garantir que o negócio será realizado ou quais serão seus termos e condições finais.
A Vale concordou em vender 20% do capital total da VLI para a Mitsui por R$ 1,509 bilhão e 15,9% do capital da VLI para o FI-FGTS por R$ 1,2 bilhão. Os valores finais dessas operações estão sujeitos a determinados ajustes, de acordo com os termos e condições estabelecidos nos acordos de Investimento.
Segundo fato relevante, do valor total envolvido nessas operações, uma parcela no valor de R$ 2 bilhões será destinada ao aporte de capital na VLI, que emitirá novas ações que serão subscritas e integralizadas pela Mitsui e FI-FGTS. Os valores aportados na VLI serão utilizados para o financiamento de parte do seu plano de investimentos. O restante dos recursos envolvidos nas operações, no valor de R$ 709 milhões, será pago pela Mitsui para a Vale em troca de ações da VLI detidas pela Vale.
Após a conclusão das operações já acordadas, a Vale manterá o controle acionário da VLI, com 64,1% de seu capital total. Vale, Mitsui e FI-FGTS firmarão acordo de acionistas regulando seus direitos e obrigações como acionistas da VLI. "Na eventualidade de a transação com a Brookfield vier a ser realizada a participação da Vale na VLI poderá ser reduzida para menos de 40%", destaca fato relevante.
A conclusão das transações mencionadas estará sujeita às aprovações de órgãos governamentais competentes, entre eles o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, e no caso da Brookfield também Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT e a Secretaria de Portos da Presidência da República, e a outras condições suspensivas usuais.
Estratégia
De acordo com a mineradora, a alienação de participação no capital da VLI é consistente com a estratégia da Vale de reduzir sua exposição a ativos considerados ''non-core'', viabilizando simultaneamente a extração de valor não precificado em suas ações e diminuição significativa de dispêndios futuros de capital em investimentos nesses ativos. "Tal estratégia é resultante do foco na disciplina na gestão do capital e na maximização de valor para os acionistas", ressalta a companhia em fato relevante enviado nesta quarta à CVM.
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