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Vendas reais de supermercados sobem 3,47% em julho, diz Abras

No acumulado do ano, o faturamento dos supermercados teve alta de 5,26% sobre igual período de 2009

Por Fabiana Holtz e da Agência Estado
Atualização:

As vendas reais nos supermercados apresentaram crescimento de 3,47% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a junho, as vendas do setor registraram aumento de 4,2%. No acumulado do ano, o faturamento dos supermercados teve alta de 5,26% sobre igual período do ano passado. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Em comunicado, a Abras ressalta o forte aumento de vendas em volume, porém, como diz o presidente da associação, Sussumu Honda, citando o índice AbrasMercado, de cesta de produtos, "os preços, principalmente de alimentos, mostraram forte recuo nos últimos meses, o que acaba por impactar o faturamento do setor".

O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo, como alimentos, limpeza e beleza, medido pela GfK, apresentou queda nos preços em julho ante junho de 1,54%, de R$ 275,91 para R$ 271,67. Já na comparação com julho de 2009, o valor da cesta subiu 1,36%, quando era de R$ 268,02.

No período, a Região Norte apresentou a cesta básica mais cara do País, de R$ 315,27, apesar da queda de 1,89% em relação ao mês anterior. Na mesma base de comparação, a maior desaceleração de preços foi apurada no Sudeste, de 2,02%, para R$ 256,90.

Os produtos com maiores altas em julho ante junho foram farinha de mandioca (+4,6%), papel higiênico (3,65%) e sal (2,75%). As maiores quedas no período ficaram com tomate (-25,04%), batata (-24,02%) e cebola (-10,48%).

Meta de vendas deve ter redução

A Abras deve revisar em setembro a projeção de crescimento real de vendas de 2010, atualmente fixada em 8%. Na média dos últimos três meses as vendas têm registrado expansão de 5,5%. "Com certeza teremos de rever essa estimativa no mês que vem. Apesar da estabilidade em termos de volume de vendas, talvez os preços não continuem nesse ritmo", afirmou Honda.

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Índice de perdas

Nesta quinta-feira a associação apresentou também o índice de perdas nos supermercados, que é produzido em conjunto com a Nielsen e a GPP/Provar-FIA. Segundo o levantamento mais recente, de 2009, as perdas dos supermercados brasileiros atingiram 2,33% do faturamento no ano, que foi de R$ 177 bilhões. O resultado representa uma leve redução de 0,03 ponto porcentual em relação ao índice de 2008, que foi de 2,36%.

"Temos de continuar trabalhando para diminuir as perdas do nosso setor, que são, inclusive, maiores do que as nossas margens de lucro, que ficaram em 2,3% em 2009", observou Honda ao destacar que a principal causa de perdas para os supermercados continuam sendo as quebras operacionais - produtos fora da validade, danificados no manuseio, abertos por consumidores etc. Esse item respondeu por 51,5% das perdas, enquanto em 2008 estava em 46,4%. Os furtos, tanto externos quanto internos, diminuíram em relação ao ano anterior, de 35,5% para 28,3% das perdas. Separadamente, os furtos internos representaram 14% e os externos 14,3%.

A cesta de perecíveis representou 31% das perdas totais. A pesquisa mostra ainda que o índice de perdas de perecíveis alcançou no ano passado 4,07% do total de vendas da cesta. Em 2008, esse índice ficou em 4,44%. Conforme a Abras, 71% das empresas possuem área de prevenção de perdas e que 69,6% delas estão investindo para reduzir o problema.

Texto atualizado às 15h25

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