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Venezuela quer evitar corte no fornecimento de petróleo aos EUA

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Por Redação
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A Venezuela quer evitar uma interrupção no fornecimento de petróleo aos Estados Unidos, já que esta seria uma medida bastante cara para o país, afirmou uma autoridade venezuelana do setor na terça-feira. A autoridade fez a declaração um dia após os preços mundiais do petróleo subirem acompanhando uma ameaça do presidente venezuelano, Hugo Chávez, sobre a possibilidade de em corte nos suprimentos aos EUA por conta de uma disputa legal com a gigante petroleira norte-americana Exxon Mobil . Os EUA são o maiores consumidores de petróleo da Venezuela, país integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e 4o principal fornecedor da commodity aos norte-americanos. A suspensão do fornecimento sempre é algo "possível", mas prejudicaria a economia de ambas as nações, disse Bernard Mommer, autoridade venezuelana que atuou como um dos principais negociadores no processo de nacionalização no país em 2007. Questionado na televisão estatal se era "desejável" para a Venezuela cortar os fornecimento de petróleo aos EUA, Mommer respondeu: "Não. Custaria dinheiro e custaria dinheiro para o outro lado também." Analistas da indústria acreditam que Chávez dificilmente cumprirá a ameaça porque a medida diminuiria a entrada de dinheiro na Venezuela. Isso também prejudicaria os negócios da estatal PDVSA, que enfrenta problemas devido aos fortes gastos pelo governo para o financiamento de programas sociais. A PDVSA refina grande parte do petróleo que extrai por meio da subsidiária da norte-americana Citgo, que oferece uma saída crucial para a produção de petróleo bruto pesado da Venezuela, que pode ser difícil de ser comercializada no mercado internacional. A ameaça de Chávez foi uma resposta à ofensiva legal da Exxon, que conquistou o direito de congelar 12 bilhões de dólares em ativos venezuelanos. Por volta das 11h50, o petróleo negociado nos EUA operava em queda de 1,13 dólar, para 92,46 dólares o barril, enquanto o petróleo tipo Brent recuava 0,94 dólar, para 92,59 dólares o barril em Londres. A baixa era motivada pelas previsões de aumento nos estoques da commodity nos EUA. (Por Frank Jack Daniel)

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