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Visa prepara oferta de ações recorde de até US$18,8 bilhões

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Por Redação
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A Visa, maior rede de cartões de crédito do mundo, afirmou nesta segunda-feira que pode levantar até 18,8 bilhões de dólares com sua aguardada oferta pública de ações, no que seria a maior operação do tipo já realizada. A empresa protocolou junto à Securities and Exchange Commission, órgão que fiscaliza o mercado acionário dos Estados Unidos, pedido de venda de 406 milhões de ações classe A a 37 e 42 dólares cada, o que resultaria numa operação entre 15 bilhões e 17,1 bilhões de dólares. A operação é esperada para acontecer este ano. A empresa afirmou ainda pode vender mais 40,6 milhões de ações para atender à demanda, elevando o valor potencial da oferta para 18,8 bilhões de dólares. Caso a operação seja bem sucedida, a oferta poderá ultrapassar a oferta de 10,6 bilhões de dólares da AT&T Wireless Group, realizada em 2000. A empresa de San Francisco planeja listar as ações na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo "V". O momento é arriscado para a oferta da Visa, com os temores de uma iminente recessão nos Estados Unidos diminuindo o interesse de investidores em ações e ofertas iniciais. Contudo, as ações da concorrente MasterCard mais que quintuplicaram de valor desde sua oferta pública de 2,4 bilhões de dólares realizada em maio de 2006. "A Visa é grande e tem um forte potencial de crescimento global", disse John Augustine, estrategista-chefe de investimentos do Fifth Third Private Bank, em Cincinnati. "O ponto negativo para a oferta da Visa pode ser a época. Nosso temor é que conforme o crédito se deteriora, os gastos dos consumidores caem e os volumes de operações se reduzirão nas redes de cartões. Isso afetaria a receita e o lucro." No quarto trimestre de 2007, a Visa teve lucro líquido de 424 milhões de dólares sobre receita de 1,49 bilhão. A Mastercard enquanto isso teve lucro líquido de 304,2 milhões de dólares sobre faturamento de 1,07 bilhão de dólares. A Visa é controlada por cerca de 13.300 bancos e companhias financeiras. Muitas dessas instituições estão enfrentando dificuldades com crescentes perdas com crédito e alguns passando por falta de capital.

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