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Volkswagen admite que também fraudou testes de emissão de poluentes na Europa

Montadora vai demitir responsáveis por fraude nos Estados Unidos e promover mudanças na administração na sexta-feira

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Por Redação
Atualização:
Volks revelou que até 11 milhões de carros continham um software que fraudaria testes de emissão Foto: Reuters

BERLIM - A Volkswagen informou que manipulou testes de emissão de poluentes de veículos também na Europa, disse nesta quinta-feira o ministro dos Transportes da Alemanha, Alexander Dobrindt.

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"Nós fomos informados de que houve carros a diesel 1.6 e 2.0 litros que foram afetados na Europa", disse Dobrindt a jornalistas em Berlim. "Continuaremos a trabalhar intensivamente com a Volkswagen para descobrir quais veículos são afetados" pela fraude, afirmou ele.

Na terça-feira, a Volks revelou que até 11 milhões de carros continham um software que fraudaria testes de emissão e que estavam sujeitos a um recall global. A companhia emitiu um alerta de lucro e revelou que separou 6,5 bilhões de euros (US$ 7,27 bilhões) para cobrir os custos relativos ao problema.

O Ministério dos Transportes alemão também está investigando veículos de outras montadoras, como parte da apuração do escândalo da Volkswagen, disse o ministro.

Um porta-voz da Volkswagen apenas lembrou o comunicado da empresa do dia 22, no qual ela informa que o software em questão também estava presente em outros de seus carros a diesel.

Dobrindt também disse esperar que seja fechado um acordo para nos próximos meses sobre testes das emissões dos carros na Europa, pelo qual essas análises não serão feitas em laboratório, mas nas ruas.

Demissões. A Volkswagen começará demissões de responsáveis pela fraude em testes de emissões de poluentes nos Estados Unidos e promover mudanças na administração na sexta-feira, disseram duas fontes familiarizadas com o plano, enquanto a montadora alemã busca enfrentar o maior escândalo de sua história de 78 anos.

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O conselho supervisor da maior montadora europeia se reunirá na sexta-feira para decidir sobre um sucessor para o presidente-executivo Martin Winterkorn, que renunciou na quarta-feira.

As fontes disseram que seriam apresentadas descobertas iniciais de uma investigação interna sobre quem foi responsável por programar alguns carros a diesel para detectar quando estavam sendo submetidos a testes e alterar o funcionamento dos motores para ocultar suas reais emissões de poluentes.

Executivos seniores também podem ser substituídos, mesmo se não tinham conhecimento sobre a fraude. O chefe nos EUA, Michael Horn, e o chefe de vendas do grupo, Christian Klingler, são vistos como possíveis alvos dos cortes.

As ações da Volkswagen despencaram cerca de 20 por cento desde que reguladores norte-americanos afirmaram, na sexta-feira, que a companhia poderia receber até 18 bilhões de dólares em penalidades por fraudar testes de emissões de poluentes.

A companhia disse na terça-feira que 11 milhões de seus carros foram globalmente equipados com motores a diesel que mostraram um "desvio notável" nos níveis de emissões entre os testes e o uso em estradas. Reguladores na Europa, Ásia e no México disseram que também investigarão o caso.

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