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Votorantim Cimentos negocia contrato para obra de Belo Monte

Empresa quer ser fornecedora única da obra, que deve exigir cerca de 1 milhão de toneladas de cimento em 4 anos

Por Reuters
Atualização:

A Votorantim Cimentos está negociando com o Norte Energia, consórcio vencedor do leilão da usina de Belo Monte, para fornecer o cimento necessário para a construção da hidrelétrica.

 

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"Nosso desejo é ser o único fornecedor (de cimento) da obra", afirmou a jornalistas nesta terça-feira o presidente da Votorantim Cimentos, Walter Schalka, em entrevista coletiva para anunciar os novos planos de investimentos da companhia.

 

Segundo ele, as obras de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, exigirão um total de 1 milhão de toneladas de cimento ao longo de quatro anos. "Fizemos uma oferta ao consórcio vencedor, mas não existe uma definição ainda de quem fará o abastecimento", disse.

 

O plano da Votorantim Cimentos de construir oito novas fábricas de cimento até 2013, orçado em R$ 2,5 bilhões, inclui duas unidades no Pará - uma de 750 mil toneladas com entrada em operação em 2012 e outra de 1,2 milhão de toneladas com início de produção previsto para 2013.

 

De acordo com Schalka, a Votorantim poderia abastecer Belo Monte em 2010 e 2011 com o cimento das suas unidades de Barcarena (PA) e de Xambioá (TO), já em operação.

 

Há uma semana, o consórcio Norte Energia - liderado pela estatal Chesf e pelas empresas privadas Bertin e Queiroz Galvão - surpreendeu ao vencer o leilão da usina de Belo Monte, considerada a terceira maior hidrelétrica do mundo em capacidade de geração e com um orçamento estimado em R$ 19 bilhões.

 

O grupo que perdeu a disputa foi o consórcio Belo Monte Energia, com Andrade Gutierrez, Vale, Neoenergia e Companhia Brasileira de Alumínio (CBA, do grupo Votorantim).

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Maior produtor de cimento do Brasil, o Grupo Votorantim é fornecedor de cimento para as usinas Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO).

 

"Em Porto Velho (RO) fizemos a fábrica de cimento antes de termos os contratos (com as usinas do Madeira). Podemos imaginar a mesma analogia em Belo Monte", afirmou Schalka, garantindo que o plano do grupo de ter duas novas fábricas no Pará independe do sucesso na obtenção do contrato para fornecer cimento à hidrelétrica no rio Xingu.

 

(Reportagem de Cesar Bianconi)

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