29 de outubro de 2010 | 18h41
"A questão dos veículos elétricos está alinhada ao conceito de sustentabilidade. Essa filosofia vai desde a construção à distribuição. A fábrica será erguida através do selo verde", disse o executivo antes de sair do palácio com o governador, que testou uma scooter que começará a ser produzida em meados de 2011 pela Zongshen do Brasil. A empresa resultou da compra da brasileira Kasinski pelo grupo chinês Zongshen em junho de 2009.
Cabral pareceu surpreso quando soube que os componentes dos veículos seriam importados e cobrou que a empresa busque parceiros que possam produzir as autopeças no País. "Precisamos trazer tecnologia", disse. Rosa Júnior declarou que a intenção é, no futuro, substituir as peças importadas por nacionais, justificando que, por enquanto, não são encontradas no País. Segundo ele, a empresa está em conversas com a Bosch para estudar essa possibilidade.
Com potencial de mercado ainda desconhecido, o setor de veículos elétricos poderá ser estimulado por compras do governo fluminense, disse Cabral. "O governo vai se preparar para financiar os veículos para policiais, professores e agentes de saúde. Em âmbito federal, podem também ser vendido para os Correios", disse após consultar integrantes do governo sobre a possibilidade durante a cerimônia.
Na unidade de Sapucaia, serão produzidos sete modelos. As bicicletas, com autonomia de 40 quilômetros, devem chegar ao mercado por cerca de R$ 1.700. Já a linha de scooters terá três modelos, entre os quais um de alto desempenho, que pode alcançar velocidade de 110 quilômetros por hora.
Uma das scooters já é produzida pela empresa em sua unidade de Manaus, dedicada à produção de veículos a combustão. O modelo está disponível do mercado por R$ 5.290. O plano da empresa é transferir a fabricação para a unidade de Sapucaia. Inicialmente, a empresa começará a produzir em um prédio cedido pela prefeitura, até que a planta seja finalizada.
Os veículos elétricos não são poluentes, pois não queimam combustível para funcionar. A bateria pode ser carregada em uma tomada de 110 ou 220 volts e a autonomia média das motos é de 60 quilômetros. Segundo Rosa Junior, a empresa mantém conversas com a distribuidora de energia Light para estudar a viabilidade da instalação de postos de abastecimento.
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