
23 de fevereiro de 2017 | 15h42
A empresa não possui nenhum vínculo com o governo, organização sindical ou não governamental e seu objetivo é facilitar a vida dos consumidores e revendedores, ao mesmo tempo que fomenta a livre concorrência no mercado de gás. Os preços veiculados na plataforma da Preço do Gás, são de responsabilidade dos respectivos revendedores anunciantes.
Com início da operação em 03/11/2016, a Preço do Gás já tem mais de 400 revendedores cadastrados no Brasil e, pela primeira vez, a empresa divulga a variação do preço do gás de cozinha, praticados dentro de sua plataforma.
Foram levantados somente os revendedores ativos no site e segue abaixo a lista contendo os 5 mais caros e os 5 mais baratos (preços para entrega na residência), com variação de 78,17% entre o Espírito Santo e Mato Grosso:
Os 5 mais caros:
80,00 MT
75,00 MG
73,00 TO
72,00 RJ
70,00 SP
Os 5 mais baratos:
44,90 ES
48,00 RJ
51,99 PR
53,00 MG
54,00 GO
Essa diferença do preço do gás de cozinha chega a 78,17% de acordo com a pesquisa da Preço do Gás (precodogas.com.br), onde o menor preço do gás é no estado do ES e o maior preço é do MT com o valor de R$44,90 e de R$ 80,00, respectivamente.
Foram detectadas ainda grandes diferenças de preços do gás de cozinha entre Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Goiás e Paraná. Onde as diferenças podem alcançar percentuais acima dos 50%.
A distribuição primária no atacado é feita pela Petrobras e o engarrafamento e distribuição ao mercado das revendas é de responsabilidade de outras empresas, as principais do Brasil são: Supergasbras, Ultragaz, Consigaz, Nacional Gás, Liquigás (acabou de ser vendida da Petrobras para o grupo Ultragaz) e Copagaz.
A pergunta que o leitor deve estar fazendo é: Como o preço do gás de cozinha pode chegar com tanta diferença na casa dos consumidores?
Revendedores questionados afirmaram que "o preço é livre" e que, em algumas regiões, existe a "guerra de preços", sendo assim cada um cobra o que achar melhor, dentro da realidade de seus mercados internos. Resposta considerada vaga, por nossa reportagem, e desfavorecida da lisura esperada à boa prática comercial. Contudo, fiscalizar e coibir é responsabilidade da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que é um órgão do Estado, tal qual a ANVISA ou a ANATEL.
Para piorar ainda mais a situação do mercado do gás de cozinha, corroborando a pesquisa divulgada pela Preço do Gás e ainda majorando a informação, no site da ANP, é encontrada uma variação maior ainda, chegando a 100%.
A ANP publica periodicamente pesquisas com os preços praticados no Brasil e no dia 21/02/2017 emitimos uma pesquisa realizada por ela entre os dias 12/02/2017 e 18/02/2017. Na mesma, podemos observar que, igualmente à pesquisa da Preço do Gás, o menor preço foi praticado no estado do Espírito Santo, sendo o valor de R$ 45,00 e o maior preço também no estado do Mato Grosso, valor de RS 90,00 (nesse caso, a diferença é de 100% entre um e outro estado.
Fonte: http://www.anp.gov.br/preco/prc/Resumo_Por_Estado_Index.asp
Então, caro leitor, o fato é que a ANP está ciente dessa diferença e mesmo assim os preços do gás de cozinha continuam discrepantes. Lembramos que o salário mínimo é igual para todo Brasil, portanto os consumidores dos estados mais caros estão sendo prejudicados, já que o botijão de gás para eles representa um percentual bem maior em relação ao salário mínimo.
Website: https://www.precodogas.com.br
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