
09 de fevereiro de 2017 | 11h54
As mudanças não são drásticas, contudo, para o Chief Executive Officer (CEO) da agência Laundry Service, Jason Stein, "esse é só o começo do Snapchat repensando as maneiras de apresentar conteúdo para pessoas, marcas e empresas de mídia". A nova página de buscas apresenta um design mais visual que parece ideal para as marcas se autopromoverem e quem sabe até pagarem por maiores audiências. De acordo com o CEO, essas áreas de buscas são ótimos lugares onde anunciantes poderiam pagar para ter uma visualização maior de seu conteúdo. Para Stein o local torna-se uma espécie de portal, visto que, os aplicativos de mensagens asiáticos conseguiram crescer em um mercado não esperado.
Segundo especialistas, o Snapchat caminha devagar, mas está evoluindo, aquecendo as marcas que querem entrar na plataforma. Nos planos da companhia, está abrir o capital, o que geraria uma demanda comercial maior, e encorajar marcas a investir no aplicativo é uma maneira de fazê-las comprar mais anúncios.
Flavio Maluf reporta que, para o Chief Strategy Officer da Possible - uma agência digital do grupo WPP - Simon Lae, "quando foi lançado, o Snapchat era difícil de se navegar, difícil de aprender os gestos", contudo, "eles estão começando a colocar ferramentas que deixam mais fáceis e acessíveis os conteúdos para o grande público".
Em 2015, a rede social começou a convidar publishers - como BuzzFeed, Vice e Cosmopolitan - para a área de mídia chamada Discover, onde eles criavam edições diárias para os leitores, lembra Flavio Maluf. Ainda no mesmo ano, foi apresentado o Snapcode, uma espécie de código que permite adicionar amigos à rede apenas apontando a câmera e tocando sobre a tela.
A mudança na área de busca, entretanto, por enquanto, está disponível apenas em alguns celulares Google Android, destaca o executivo Flavio Maluf, mas, segundo o próprio Snapchat, em breve, a alteração poderá ser verificada em novas plataformas.
O Stories do Instagram
Em agosto do ano passado, o Instagram lançou o Stories, ferramenta que funciona de maneira muito similar ao Snapchat, servindo o mesmo estilo de vídeo do concorrente. Grande parte do seu atrativo para as marcas e criadores, porém, concentra-se no fato de ser mais fácil promover as contas e eles são alimentados com diversos dados, acentua Flavio Maluf.
Conforme dados da TechCrunch, um website focado em notícias sobre tecnologia, o Snapchat, com uma queda que varia entre 15% a 40% nas postagens, tem perdido espaço para essa funcionalidade do Instagram.
Website: https://flaviomalufoficial.com/
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