
22 de fevereiro de 2017 | 13h54
Para Philip Kotler, referência mundial em marketing, com mais de cinquenta livros publicados, o futuro pertence ao Marketing 3.0. "Pense no consumidor não em termos de alguém que vai comprar seu produto, mas alguém que deseja que o mundo seja um lugar bom para viver. O que você está fazendo para mostrar a ele que se importa?", diz Kotler.
99% das compras feitas no mundo inteiro, são decididas por fatores emocionais. Mesmo que você só compre o que realmente precisa, a maior parte dos seus gastos vão ser com produtos que criaram uma relação emocional com você. Kotler usa como exemplo a marca de frangos estadunidense, Perdue Chicken, seu fundador Frank Perdue se importava com os animais e os tratava de forma distinta, ele não utilizava processos brutos com os frangos, o que resultava em uma carne mais macia.
"Há uma história com a marca, uma história que te toca enquanto os competidores estão apenas dizendo 'nós vendemos frango'", explica Kotler.
O marketing emocional pode ser realizado em vídeo, áudio ou post que você compartilha no Facebook. A essência é passar um sentimento, através de uma história narrada, assim como uma música impactante. Com ele a empresa está pensando nos seus valores e ideais, transmitindo essa emoção através de uma mensagem.
"Mudamos do marketing de transação para o marketing de relacionamento", comenta. "Mais e mais empresas estão focando em fazer mais pelo consumidor", conclui Philip Kotler.
Uma escola pode usar o marketing emocional para criar uma relação de apoio com os alunos, pais e professores. Assim como uma farmácia, que utiliza essa estratégia para dizer que nas situações mais difíceis ela vai estar presente para solucionar seus problemas.
O segredo é a marca deixar claro o que realmente está propondo para o seu cliente, que ele pode ser mais do que um consumidor, alguém que ajudou a construir a empresa e tornou o que ela é hoje.
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