
22 de fevereiro de 2017 | 15h10
De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, o paciente diabético deve dilatar a pupila todos os anos e se submeter a um exame ocular bastante minucioso. "O paciente diabético pode apresentar problemas de visão a qualquer momento. Daí a importância de um acompanhamento oftalmológico frequente. Como o comprometimento da retina pode ser assintomático, sem alterações na qualidade da visão, o exame de fundo de olho é fundamental para detectar pontos e vasos sanguíneos propensos a romper e desencadear hemorragia. É sempre melhor investir na prevenção do que correr atrás do prejuízo depois".
Estudos realizados nos últimos anos apontam para o sucesso das injeções intravítreas de antiangiogênicos em pacientes com retinopatia diabética. Somente em casos raros há complicações, como descolamento da retina, formação de catarata e aumento ou redução da pressão intraocular. "O principal papel dos antiangiogênicos é a interrupção da perda de visão. Embora seja difícil recuperar a visão perdida, as injeções intravítreas impedem a progressão da doença, evitando que a pessoa acabe ficando cega. Com anestesia local e pupilas dilatadas, a injeção é aplicada diretamente no vítreo, camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino", diz Neves. Esse tratamento precisa ser repetido em intervalos regulares para atingir resultados duradouros. Além disso, o paciente deve usar colírios antibióticos durante cerca de trinta dias. Ensaios clínicos demonstram melhora em até 34% da visão central e estabilização da visão em 90% dos casos.
Fonte: Prof. Dr. Renato Neves, médico oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em SP ? www.eyecare.com.br
Website: http://www.eyecare.com.br/
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