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Notícias do mundo do agronegócio

Vittia investe R$ 45 milhões em unidade de biológicos

Operações devem ter início em maio de 2020 e, na primeira fase, a nova fábrica dobrará a capacidade de produção desse tipo de insumo na empresa

Por Broadcast Agro
Atualização:

O Grupo Vittia investirá R$ 45 milhões na construção de uma unidade para produção de defensivos biológicos. Com 13 mil metros quadrados, a planta industrial será erguida em São Joaquim da Barra (SP), sede da companhia. As operações devem ter início em maio de 2020 e, na primeira fase, a nova fábrica dobrará a capacidade de produção desse tipo de insumo na empresa. José Roberto Pereira de Castro, diretor comercial do Grupo Vittia, afirma que o faturamento com produtos biológicos deve chegar a R$ 130 milhões este ano, 50% acima dos R$ 88 milhões do segmento de 2018. “Esse crescimento seria maior, mas não temos capacidade de produzir mais. Isso será resolvido com a construção da nova unidade.”

É um dos segmentos que menos sentiu os efeitos da crise econômica. 

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Todos querem. Castro explica que a demanda por defensivos biológicos está aquecida – o mercado cresce 20% ao ano. “No ano passado obtivemos o registro de vários produtos – contra nematoides, fungos e para o combate a lagartas – e iniciamos 2019 com sete defensivos da categoria.”

Portfólio. Além da soja, principal cultivo do Brasil, as apostas do Grupo Vittia para o segmento de defensivos biológicos estão no café, no manejo de nematoides que atacam a raiz e na broca do cafeeiro, cuja ação é nos frutos, e também no controle de cigarrinhas, insetos que atingem pastagens e a cana-de-açúcar. 

Ano promissor. O otimismo com o novo governo e a necessidade de aumentar a produtividade devem impulsionar investimentos em irrigação, espera a Valley, braço do grupo norte-americano Valmont. Em 2018 a empresa, detentora de 60% do mercado brasileiro de pivôs centrais, repetiu as vendas de 2017, mas para 2019 espera crescimento de 10%, diz Renato Silva, diretor-presidente da Valmont Brasil. O interesse do agricultor do Centro-Oeste em garantir água aos cultivos em épocas de pouca chuva é outra razão para a projeção. 

Fichas. A Valley está ampliando sua presença no Brasil, de 60 pontos de venda para pouco mais de 80 em 2019 e 100 em três anos. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins são prioridade – Minas Gerais hoje possui a maior área irrigada. A demanda deve crescer entre produtores de soja, feijão, algodão e cana-de-açúcar. A empresa vem investindo mais de R$ 10 milhões em sua fábrica em Uberaba (MG) e espera, até o fim de 2019, ter capacidade de produção 20% a 30% maior. O País tem 7 milhões de hectares irrigados – 2 milhões por pivô central - mas há potencial para ao menos 35 milhões, segundo Silva.

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Sem sinal. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) levou ao Ministério da Agricultura um grupo técnico para tratar dos tipos de conexão de internet necessários para que máquinas agrícolas sejam usadas em todo o seu potencial. Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da entidade, diz que o governo pretende criar um plano de curto, médio e longo prazos para assegurar a conectividade – incluindo áreas fora das sedes das fazendas. “As máquinas precisam se comunicar, até com o celular do produtor, mesmo quando ele estiver fora do País.” 

Vai longe. Apesar de o Ministério da Agricultura ter pedido a entidades do setor para mandarem sugestões ao Plano Safra 2019/2020 até 8 de março, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) só deve apresentar as suas no início de abril. A entidade fará seis reuniões com produtores do País entre 11 e 25 de março para levantar as demandas, conta Fernanda Schwantes, assessora técnica da entidade. “A CNA sempre leva sua proposta depois desses encontros”, diz. 

Plano B. Como uma das alternativas ao provável corte nos recursos com juros subsidiados para grandes produtores, a entidade aponta os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) referenciados em dólar. Os títulos, atrelados a projetos agrícolas, despertam grande interesse de investidores internacionais, mas não vingaram até agora porque a regra atual prevê tributação sobre a variação cambial no período do título. Schwantes crê que as mudanças poderão sair já para o próximo Plano Safra. “É viável”, diz.

Plano C. A entidade também vem mantendo contato com fundos de previdência privada, que poderiam ter no agronegócio uma forma de diversificar seus investimentos, hoje concentrados em títulos da dívida pública. “A CNA fez contato em 2018 com 30 fundos de previdência complementar e o diálogo continua”, conta Schwantes. 

Perdão. Representantes do agronegócio se articulam na tentativa de que o presidente Jair Bolsonaro perdoe a dívida do Funrural. O argumento é de que o valor devido alcance cerca de R$ 4 bilhões e não R$ 15 bilhões, como estima a Receita. Frigoríficos menores, integrantes da União Democrática Ruralista (UDR) e o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), da Frente Parlamentar da Agropecuária, estão entre os que pleiteiam o fim do passivo.

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Especial. A Verde Campo, empresa de laticínios da Coca-Cola Brasil, paga até 40% a mais por litro de leite de alto padrão fornecido pelos produtores. A companhia, que investiu R$ 50 milhões na fábrica de Lavras (MG), recebe 4,5 milhões de litros desse leite por mês e diz que consumidores aceitam pagar mais pela bebida premium.

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