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Dólar tem maior queda desde início do mês por ajustes após feriado

Queda foi de 1,66%, a R$ 1,832; em pregão anterior, moeda norte-americana caiu no exterior e principais bolsas de valores subiram 

Por Reuters
Atualização:

O dólar teve a maior desvalorização frente ao real desde o início de fevereiro nesta quarta-feira, 17, primeira sessão após o feriado de Carnaval, por ajustes técnicos à véspera, quando a moeda norte-americana caiu no exterior e as principais bolsas de valores subiram.

 

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A divisa recuou 1,66%, a R$ 1,832 na venda, após ceder 1,72% na mínima do dia. A baixa percentual desta sessão é a maior desde 2 de fevereiro, quando a moeda caiu 1,67%.

 

"Vejo essa queda do dólar (nesta sessão) mais como um ajuste à sessão de ontem. Nosso mercado está apenas se adequando ao exterior, mesmo com o dólar se valorizando globalmente", disse o operador de um importante banco em São Paulo, que pediu anonimato.

 

Na terça-feira, Wall Street terminou com ganhos amparados por sólidos lucros corporativos e dados mostrando uma recuperação da atividade manufatureira do Estado de Nova York. Os números positivos estimularam a busca por ativos de maior risco, o que depreciou o dólar ante outras moedas.

 

Nesta quarta-feira, o dólar já abriu em queda frente ao real, atento ao cenário externo no azul diante de dados como o início de construção de moradias nos Estados Unidos, que cresceu mais que o esperado em janeiro, alcançando o maior nível em seis meses.

 

Os números melhores impulsionavam a moeda norte-americana ante outras divisas, entre elas o euro, que sofria pressão adicional de preocupações sobre a situação fiscal da Grécia.

 

Além da correção técnica, o operador de câmbio lembrou que volumes menores de negócios ampliam o peso de operações isoladas, e que isso pode ter reforçado a queda nas operações domésticas nesta sessão. Muitos players devem ter permanecido de fora dos negócios ainda por conta do feriado de Carnaval.

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Segundo dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o volume negociado no segmento interbancário somava no final da tarde US$ 944 milhões, em operações com liquidação em dois dias (D+2). Para efeito comparativo, a média diária para este mês até sexta-feira passada é de cerca de US$ 2,048 bilhões.

 

(Reportagem de José de Castro)

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