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Por falta de tempo, corretoras podem ter dificuldade na implementação da API

Demora da CVM em publicar diretrizes da regra deve prejudicar análise de perfil do investidor

Por Roberta Scrivano
Atualização:

Até julho as corretoras de valores terão que realizar, com todos os novos clientes, um questionário de Análise do Perfil do Investidor (API). Porém, até o momento a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não divulgou quais serão as diretrizes para a elaboração destas perguntas.  Alexandre Chaia, professor de finanças do Instituto de Estudo e Pesquisa (Insper, antiga Ibmec), critica a demora da CVM em publicar as informações e alerta que poderá ocorrer falhas na implementação devido ao pouco tempo que haverá para o processo. "Trata-se de algo novo e as corretoras precisarão de tempo para se adequarem a nova regra", diz.

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Desde o início deste ano, os bancos de varejo já são obrigados a realizar as perguntas de API com os investidores. A medida, que visa ampliar a segurança do mercado financeiro nacional, foi debatida durante dois anos pelos bancos e pela Associação Brasil das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) antes de se tornar regra. Chaia reforça ainda que o questionário das corretoras deverá ser mais complexo do que os instituídos nos bancos de varejo. "Isso porque o tipo de investimento que a corretora administra é de muito mais risco", explica.

O professor do Insper diz que a API das corretoras deverá focar no conhecimento que o investidor tem do mercado. "Há muita gente investindo na Bolsa, mas nem todas sabem realmente o que estão fazendo".  Desta maneira, segundo Chaia, ocorrerá uma ampliação natural da segurança no mercado, sobretudo por conta do aumento da transparência na negociação, tanto do lado do cliente quanto da corretora. "É o amadurecimento do mercado".

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