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Dólar sobe 6,47% e lidera ranking de investimentos de março

No trimestre, o resultado é inverso ao observado no mês: Bovespa no topo, com alta de 13,67%, e a moeda americana em último lugar, queda de 2,25% 

Por Roberta Scrivano , Luiz Guilherme Gerbelli e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Pela primeira vez no ano, a Bolsa de Valores registrou queda mensal (-1,98%) e ficou na lanterna do ranking das rentabilidades. Na liderança de março está o dólar, com alta de 6,47% - confirmando o tradicional efeito gangorra entre ações e câmbio. No trimestre o resultado é inverso ao observado em março: Bovespa no topo, com alta de 13,67%, e a moeda americana em último lugar, queda de 2,25%.

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Especialistas explicam que a queda mensal na cotação das ações ocorreu por conta da saída de alguns investidores da modalidade. "A Bovespa está vindo bem desde dezembro do ano passado. Em março, houve um movimento de venda de ações para a realização do lucro", explica Leandro Ruschel, diretor da corretora Leandro & Stormer.

A boa onda vivida entre dezembro e este mês ocorreu pela melhora do cenário externo. "A crise da Europa está em stand by. Isso estimulou a melhoria dos ânimos", detalha Ruschel.

Para Fábio Colombo, administrador de investimentos, porém, a divulgação de indicadores chineses que mostraram um certo desaquecimento da economia do país em relação às expectativas anteriores, também impactou as cotações do mercado acionário. "As altas dos mercados ao redor do mundo, em março, se reverteram bem na metade do mês e mostram indefinição de rumo neste momento", considera.

E é justamente por essa indefinição e pelas fortes oscilações que a Bolsa têm apresentado de um ano para cá que André Massaro, educador financeiro, não considera um bom momento para e entrada na Bolsa. "Nosso juro ainda é muito alto na comparação com outros países. O investidor deve aproveitar essa taxa e aplicar em renda fixa", afirma.

Em março, todas as alternativas de investimentos da renda fixa superaram a inflação medida pelo IGP-M (0,43%). Os fundos de renda fixa foram os melhores colocados, com ganho de 0,75%. Na sequência aparecem os fundos DI (0,67%). Depois, vem os CDBs (0,65%) e a caderneta de poupança (0,61%).

Massaro aproveita para alertar sobre os riscos de se considerar o dólar um investimento. "O pequeno investidor não deve se deixar entusiasmar ao ler que o dólar foi o mais rentável do mês", diz. Massaro reforça que o dólar, diferentemente das ações, têm sua cotação totalmente lastreada em especulação e não é garantia de renda ao fim do mês. 

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