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Endividamento e inadimplência recuam em abril

Em comparação com março, há menos famílias brasileiras com dívidas, mas a proporção de quem se declarou muito endividado aumentou

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:
As famílias brasileiras ficaram menos endividadas e menos inadimplentes em abril Foto:

RIO - As famílias brasileiras ficaram menos endividadas e menos inadimplentes em abril, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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Em abril, 59,6% das famílias declararam possuir dívidas, contra uma fatia de 60,3% em março. O resultado também foi menor do que o registrado em abril do ano passado, quando 61,6% das famílias estavam endividadas.

"Há três meses que a Peic apresenta retração e, em abril, chegou ao seu menor patamar desde março de 2015. Esse resultado evidencia a retração do consumo com uma cautela maior do consumidor", avaliou a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.

O porcentual das famílias que relataram ter contas em atraso foi de 23,2% em abril, enquanto em março era de 23,5%. O resultado, entretanto, é maior do que no mesmo período do ano passado, quando 19,7% estavam inadimplentes.

O total de famílias que não terão como pagar as dívidas e permanecerão inadimplentes foi de 8,2% em abril, ante 8,3% em março. Em abril de 2015, essa fatia estava em 6,9%.

De acordo com a CNC, os indicadores de inadimplência permanecem mais elevados em relação ao ano passado porque as taxas de juros estão mais elevadas e o mercado de trabalho mostra dinâmica menos favorável.

O tempo médio das dívidas em atraso foi de 61,8 dias em abril de 2016 - acima dos 60,9 dias registrados em abril de 2015. O tempo médio de comprometimento do orçamento com as dívidas foi de 7,1 meses.

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Do total das famílias brasileiras, 23,2% têm mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas. O cartão de crédito é apontado por 77,9% como o principal tipo de dívida, seguido dos carnês (15,4%) e financiamento de carro (11,9%).

A proporção de famílias que se declararam muito endividadas aumentou de 14,3% em março para 14,5% em abril.

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