O Certificado de Operações Estruturadas (COE) vem ganhando espaço nas carteiras. O estoque acaba de superar os R$ 10 bilhões, segundo a B3. Em 2017, até agosto, o volume de emissões foi de R$ 5,5 bilhões.
Fábio Zenaro, superintendente de Produtos da B3, explica que o produto é uma porta de entrada para investimentos de maior risco porque reúne características de renda fixa e variável.
O COE mistura produtos atrelados a vários ativos e índices, como câmbio, ações, inflação e commodities. Ele pode oferecer ganhos tanto na alta como na baixa do preço do ativo, mas não conta com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
A maioria do estoque de COEs está atrelada à inflação (35%), mas, entre as novas emissões, o índice representa apenas 9%. Zenaro explica que isso reflete a queda do IPCA, que pode onerar esse tipo de COE. Portanto, o investidor precisa checar se o produto não oferece uma rentabilidade parecida com outros mais seguros.