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Jovens brasileiros não passam de ano no 'vestibular' da educação financeira

Nota dos brasileiros entre 16 e 24 anos está abaixo da média nacional; só 3% da população tem avaliação superior a 8

Por Hugo Passarelli
Atualização:

Ter uma relação saudável com o dinheiro ainda é um desafio para a maior parte dos brasileiros, especialmente para os mais jovens. A constatação é do Indicador de Educação Financeira (IndEF), cuja segunda edição foi apresentada nesta quinta-feira, 7, pela Serasa Experian e Ibope Inteligência. No "vestibular" da educação financeira, a nota dos jovens, numa escala de 0 a 10, ficou abaixo da média da população, de 6. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas de todo o Brasil e constatou que a avaliação dos jovens de 16 e 17 anos caiu de 5,9 para 5,5 entre 2013 e 2014. Os brasileiros entre 18 e 24 anos também tiveram desempenho pior, embora tenham oscilado pouco, de 5,9 para 5,8.

Nas demais faixas de idade, as notas são maiores e registraram pouca variação de um ano para outro. Em outras palavras, a conclusão é que o conhecimento sobre finanças pessoais aumenta de acordo com a idade. Além disso, só a minoria (3%) ficou no nível mais elevado da avaliação, com nota acima de 8. Abaixo deles, estão outras quatro faixas. O nível 1, com notas até 5, responde por 18% da população. O nível 2 (notas de 5 a 6), representa 32% dos brasileiros. O nível 3 soma 31%, com valores entre 6 a 7. Já no intervalo entre 7 e 8, o nível 4, encontram-se 16% dos consumidores. O Indicador é composto por três subíndices: conhecimento, atitude e comportamento, cada um com um peso diferente. São eles, respectivamente, 26%, 24% e 50%. O subíndice conhecimento avalia o entendimento de conceitos financeiros, enquanto atitude analisa como o entrevistado enxerga a sua relação com o dinheiro. Já o item comportamento mede as ações do entrevistado no seu dia a dia (se ele gasta mais do que ganha, se guarda dinheiro ou planeja o futuro). No IndEF 2014, como em 2013, o subíndice conhecimento foi o que atingiu valores mais altos, seguido do atitude e, por fim, a dimensão comportamento. Em 2014, diminui o nível de poupança entre todos os entrevistados. O maior recuo em pontos porcentuais ocorreu entre aqueles com renda acima de 10 salários mínimos: apenas 57% dos consumidores pouparam nos últimos 12 meses, contra 76% em 2013 (veja mais no gráfico). Com isso, a nota dada para quem poupou nos últimos doze meses recuou de 6,7 para 6,6.

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