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Renda fixa tem melhor performance no ano

 Desde janeiro, somente os investimentos conservadores deram lucro ao investidor

Por Roberta Scrivano
Atualização:

SÃO PAULO - Do primeiro dia de janeiro até esta segunda-feira, 28 de fevereiro, só as aplicações em renda fixa deram lucro aos investidores. Com perspectiva de alta no juro para conter a inflação, 2011 configura-se como o ano dos investimentos conservadores, dizem especialistas em finanças pessoais.

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O topo do ranking das melhores rentabilidades do ano está com o IGP-M (1,80%), seguido pela caderneta de poupança (1,78%) e os fundos de renda fixa (1,49%). As três últimas posições da mesma listagem estão com o dólar comercial (0,06%), Bovespa (-2,77%) e ouro (-4,39%).

Olhando o desempenho dos mesmos investimentos somente em fevereiro, o ouro mostra resultado oposto ao do obtido no ano e ocupa o primeiro lugar no ranking com alta de 5,52%. "Isso ocorreu sobretudo pelas turbulências nos países árabes. A cotação do ouro é muito impactada por movimentos externos", explica o professor Eduardo Paiva, da Fundação Instituo de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).

Ainda de acordo com o ranking do mês de fevereiro, a Bovespa aparece em segundo lugar, com alta de 1,22%. De toda a alta obtida no mês, 0,72% foram registrados na sessão de ontem da Bolsa. Na terceira posição mensal está o IGP-M (1,00%). O dólar comercial mantém-se na última posição com recuo de 0,54%.

Para especialistas em investimentos, a tendência é de o cenário visto no ranking anual (e que tem a renda fixa como líder em rentabilidade) ser mantido até, pelo menos, o mês de junho.

Fábio Colombo, administrador de investimentos, lembra inclusive que o mercado já começou a rever para baixo as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, o que deve ter reflexo principalmente no desempenho dos investimentos em ações.

Leandro Pires, da Walpires Corretora, pondera, no entanto, que há papéis com boas perspectivas de alta. "O setor financeiro é um dos que tem chance de subir bem ainda neste ano", sugere. Ele indica que o investidor diversifique a carteira para ter bons rendimentos e que não se apegue apenas aos resultados das aplicações no passado. "Sugiro uma diversificação entre o Tesouro Direto e ações", diz. Para os mais leigos, ele recomenda a aplicação de apenas 10% dos recursos em ações e o resto nos títulos do Tesouro Direto.

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Paiva, da Fipecafi, sugere investimento nos fundos DI. "Porque são pós-fixados e vão precificar as futuras altas da taxa Selic", explica. Para Colombo outro bom negócio são os títulos indexados à variação do IGP-M que "mantiveram excelente retorno e são opções para diversificação de portfólio, porque estão rendendo na faixa de 5,5% ao ano, mais variação do IGP-M."

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