Publicidade

Unidade de R$ 4,8 mi é a mais cara lançada

Em seis meses foram vendidos 80% dos 34 apartamentos do prédio, diz construtora

Por Heraldo Vaz
Atualização:
  Foto:  

Apartamento mais caro lançado este ano em São Paulo, o Helen Altos do Tatuapé, da Porte Engenharia e Urbanismo, ocupa o topo do ranking da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), com o preço de R$ 4,8 milhões. A seguir, vem o Vila Flora, na zona sul, por R$ 4,6 milhões. Os outros três residenciais que fecham a lista dos cinco de maior preço (leia abaixo) custam menos de R$ 2 milhões.

PUBLICIDADE

Para o economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, o mercado está “menos lançador” que no ano passado. “A falta de confiança que assola o País também atinge as empresas, que lançam produtos que apresentem maior demanda”, diz, referindo-se às unidades com preços até R$ 500 mil. “O setor segura os imóveis mais caros.” Ele chama a atenção para o fato de que existem poucos lançamentos de quatro dormitórios na cidade (leia ao lado).

Alto padrão. Lançado em março, o residencial Helen tem previsão de entrega para julho de 2018. Em seis meses, foram vendidas “80% das unidades”, afirma o diretor de incorporação da Porte, André Rezende.

São 34 apartamentos (um por andar), com quatro suítes e 374 m² de área, além de cobertura dúplex, com 669 m². Na sua opinião, a velocidade de vendas foi boa “em decorrência da exclusividade do produto”.

Rezende declara que a Porte desenvolve produtos que buscam atender a demandas específicas. “A forte atuação em alto padrão e o mapeamento prévio da intenção de compra dos clientes permitiram o lançamento do Helen e de outros produtos mesmo no contexto do mercado atual”, afirma o executivo, que garante haver demanda de clientes para produtos diferenciados.

Centralidades. Ele avalia o potencial do mercado de alto padrão no Tatuapé e Jardim Anália Franco, que “exercem grande força de atração sobre toda a zona leste” da capital. Primeiro, ele cita a “sofisticação” com larga oferta de comércio e serviços, incluindo escolas, hospitais, restaurantes, etc. Em segundo lugar, na sua opinião, pessoas que moram na região e se desenvolveram economicamente não querem sair de lá.

“Esses dois bairros se transformam nas principais centralidades, concentrando a maior parte da riqueza e desenvolvimento da zona leste”, diz.

Publicidade

Ele defende a importância de ter mix adequado de produtos. “Somos uma empresa de urbanismo, que utiliza a incorporadora e construtora como ferramenta de transformação e desenvolvimento humano”, afirma. Assim, segundo ele, se “reduz o risco de excessos de oferta e possíveis desequilíbrios”.

Outro residencial da Porte é o Composite des Arts, lançado em janeiro de 2013, com previsão de entrega para agosto do ano que vem. São 200 estúdios, de 55m² e 77m², além de oito coberturas dúplex, de 95 a 160m².

São unidades compactas com conceito open space, diz Rezende, enfatizando sua localização, em frente ao shopping Anália Franco e ao lado do Parque Ceret Anália Franco.

Neste ano, a empresa entregou o residencial Montessori, em abril, e o Higgs Empresarial, em janeiro. “No Montessori, só temos duas unidades à venda”, declara. “O valor de mercado é de R$ 2 milhões.” O residencial tem 48 apartamentos (um por andar) com quatro dormitórios e área de 171m².

PUBLICIDADE

Carência. No edifício corporativo Higgs, são 180 conjuntos comerciais, com uma área que vai de 33 até 349 m². Rezende acredita que essa obra contribui para o desenvolvimento da zona leste. “É importante para que profissionais liberais e pequenas empresas possam se instalar e desempenhar suas atividades na”, argumenta o diretor, que vê grande carência por esse tipo de produto na região.

Rezende, porém, não diz como está a ocupação dos 180 conjuntos. Segundo ele, a Porte “praticamente não tem mais unidades no empreendimento, e a ocupação da torre está ocorrendo conforme esperado”.

A Porte também entregou o residencial Camille com apartamentos de 280 m² e quatro suítes. “O valor de mercado da unidade é R$ 3,5 milhões”, diz Rezende. “Pode aumentar de acordo com o andar escolhido.”

Publicidade

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.