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Escola de programação que paga para aluno estudar tem inscrições abertas

Além de pagar para estudante frequentar aulas, Alpha Edtech garante primeiro emprego para jovens em situação de vulnerabilidade social; inscrições são prorrogadas até dia 25/6

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Por Juliana Pio
Atualização:

Estão abertas para todo o Brasil as inscrições para a 2ª edição da Alpha Edtech, escola de programação que paga ao aluno para estudar e garante emprego ao final do curso. Para este ano, além de priorizar jovens em situação de vulnerabilidade social, a startup social, sem fins lucrativos e de formação acelerada, quer alcançar número maior de mulheres nas inscrições e na seleção.

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As inscrições para as 60 vagas da turma de 2021 podem ser feitas de forma gratuita e online pelo site da escola (clique aqui) até o dia 25 de junho (leia mais abaixo sobre o processo). Para participar não é necessária experiência prévia em linguagem de programação ou na área de tecnologia.

O objetivo, segundo Nuricel Villalonga, diretora do projeto e fundadora do Alpha Lumen, que coordena o Alpha Edtech, é ajudar a reduzir o déficit de profissionais do gênero feminino em tecnologia, que representam apenas 20% do mercado, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para a turma de estreia, no ano passado, a Alpha Edtech recebeu 2.581 inscrições de todas as regiões do País, sendo 39% mulheres e 61% homens. “Furamos a bolha na primeira edição tendo um número bom de inscritas e melhor ainda no grupo selecionado, que ficou composto por 55% de homens e 45% de mulheres. A meta é chegar a 50-50 esse ano, sem reserva de vaga”, explica Nuricel.

Andréa Gomes de Souza, de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, conheceu a Alpha Edtech por meio de reportagem do Estadão. Foto: Maria Gomes

Entre as primeiras selecionadas está Andréa Jainy Gomes de Souza, de 25 anos, de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Ela ficou desempregada no início da pandemia e precisou trancar a faculdade de Administração. “Sempre gostei muito de games, mas achava que a tecnologia não era para mim por ser um ambiente predominantemente masculino”, lembra. 

Andréa conheceu a Alpha Edtech por meio de reportagem do Estadão, se inscreveu no processo seletivo e passou. “A tecnologia surgiu como oportunidade que eu abracei e me completou.”

O curso tem duração de três semestres e carga horária de cerca de 8 horas por dia. O aluno aprende conteúdos técnicos de desenvolvimento web e aprimora conhecimento em soft skills e no idioma inglês.

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Ao longo dos 18 meses, os estudantes também participam de atividades, como oficinas, webinars e desafios, desenvolvidas pelas mais de 20 empresas, nacionais e internacionais, parceiras da iniciativa, as quais serão responsáveis pelas contratações ao final do curso.

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Selecionados recebem auxílio mensal 

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Quem ingressar na Alpha EdTech ainda recebe, desde o primeiro semestre, um auxílio mensal de R$ 1 mil. Foi por meio desse dinheiro que Andréa conseguiu iniciar esse ano nova graduação em Service Design pela Uninassau. Com o valor, ela também ajuda a pagar as contas de casa.

“Eu e outras mulheres que atuam com tecnologia estamos lutando para abrir espaço e sermos reconhecidas pelo nosso trabalho. É como se a gente estivesse asfaltando as ruas para que as mulheres do futuro tenham oportunidades e vejam que a área é para qualquer pessoa, independentemente de gênero ou classe social”, afirma Andréa.

Luana Lessa, de 24 anos, passou no processo seletivo para a primeira turma da Alpha EdTech. Foto: Renato Lessa Soares

Colega de Andréa, Luana Lessa, de 24 anos, de Itaiçaba, no Ceará, vê a Alpha EdTech como uma virada de chave em sua vida pessoal e profissional. “Sou do interior e jamais imaginava ter essa chance, porque normalmente as coisas chegam aqui com mais dificuldade e, por ser mulher, sinto que sempre precisei trabalhar em dobro para conseguir reconhecimento”, destaca a jovem, que complementa: “Além de ensinar conhecimentos técnicos, a Alpha acolhe a sua trajetória e dá segurança”.

Saiba mais sobre o processo seletivo

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O candidato inscrito passa por webinars preparatórios e participa de avaliações diagnósticas, incluindo lógica matemática e análise de perfil. Os finalistas passam também por entrevistas individuais. As avaliações podem ser realizadas de forma online entre junho e agosto, e os selecionados iniciam o 1º ciclo em setembro. 

1º ciclo - Aspirante Júnior: São seis meses com 8h diárias de dedicação integral nas atividades de formação. Essa etapa é totalmente online, pela plataforma da Alpha Edtech, sendo parte das atividades em tempo real e outras assíncronas.

2º ciclo - Aspirante Pleno: Nessa etapa o aspirante continua mais 6 meses sua formação online, sendo 4h na empresa e 4h na Alpha Edtech.

3º ciclo - Aspirante Sênior: O aspirante tem mais 6 meses de formação, sendo 6h na empresa e 2h de preparação na Alpha Edtech. Ao final do ciclo acontece a cerimônia de formatura. 

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