Falta água em algumas das torneiras de São Paulo. E a água mineral no Estado ainda vai ficar mais cara.
Enquanto o nível do principal reservatório do Estado é o mais baixo em 84 anos (e só faz cair), o preço do produto deve avançar, em média, pelo menos 10% daqui até o final do ano. A projeção é da Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam).
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Pelo último levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o galão de 10 litros de água mineral é vendido, em média, por R$ 6,14 em São Paulo. Com o repasse, passará a custar R$ 6,75. No caso do vasilhame de 20 litros, o preço tende a saltar de R$ 7,44 para R$ 8,18.
Essa conta considera apenas a inflação causada pelas torneiras secas. Ou seja, demais impactos inflacionários podem puxar ainda mais para cima os preços.
O setor de água mineral cresceu em São Paulo nos últimos 5 anos num ritmo médio anual de 15%. Sob forte calor, como muitos paulistas têm aberto a torneira e encontrado ar em vez de água, são obrigados a comprar água mineral para matar a sede. Nessas condições, o ritmo de crescimento do setor no Estado deve saltar para a casa dos 40% ao ano - calcula a Abinam.
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A inflação da água mineral, portanto, tem explicação clássica: a lei da oferta e da procura. Se a oferta fica maior em relação a procura, os preços tendem a cair. E se a procura fica maior em relação a oferta, como neste caso, sobem os preços.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não tem tido capacidade de honrar com aquilo que dela se espera e São Pedro não ajuda. Mas o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, garante: não faltará água mineral nas prateleiras.
"Alguma marca ou outra pode vir a faltar, mas certamente não faltará água mineral, seja de qual for o fabricante, para o consumidor", diz.
Isso, de acordo com ele, caso não seja necessário usar água mineral para outros fins que não matar a sede. No caso extremo de a água mineral ter de ser usada para lavar louça, carros, tomar banho, etc, salve-se quem puder.
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