Publicidade

Gestor do setor elétrico espera solução para morte de peixes em Belo Monte 

Segundo diretor-geral da ONS, a expectativa é de que a Norte Energia, concessionária responsável pelas obras e operação da usina, utilize técnicas de proteção para evitar mortes

Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aguarda uma solução definitiva para a matança de peixes que tem ocorrido em Belo Monte, hidrelétrica que está em fase de construção no rio Xingu, no Pará.

Entre fevereiro e março, uma tonelada de peixes mortos foi retirada do local. Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 22/3/2016

PUBLICIDADE

Segundo Luiz Eduardo Barata, diretor-geral da ONS, a expectativa é de que a Norte Energia, concessionária responsável pelas obras e operação da usina, utilize técnicas de proteção como a utilizada na hidrelétrica de Teles Pires, que implantou grades automatizadas em frente às turbinas para evitar que os peixes fossem dragados pelas máquinas, quando acionadas.

Reportagem publicada nesta terça-feira, 13, pelo Estado, revelou que o Ibama notificou a Norte Energia, para que paralise os testes e operações de suas novas turbinas, até que apresente uma solução para evitar a morte dos pescados no lago da hidrelétrica. Entre fevereiro e março, uma tonelada de peixes mortos foi retirada do local.

++ Belo Monte é autuada em R$ 7,5 milhões por descumprir regra ambiental

“Nossa expectativa é de que seja adotada uma solução para isso e temos uma sinalização da empresa de que isso será feito”, disse Barata ao Estado

A Norte Energia chegou a fazer injeção de ar com alta pressão no tubo de sucção das turbinas para espantar os peixes, além mergulhadores que entraram nas máquinas para afugentar os peixes. As duas medidas, porém, não acabram com o problema, de acordo com o Ibama.

++ Petrobrás negocia com Ibama nova medição do óleo lançado no mar

Publicidade

Segundo o diretor-geral do ONS, as oito turbinas de 611 megawatts (MW) de Belo Monte continuam em operação e, por conta do volume de energia que a atual linha de transmissão da usina é capaz de distribuir, não há problemas com limitações em relação às novas máquinas. 

“Uma paralisação de novas máquinas não nos preocupa neste momento, mas estamos certos de que esses problemas serão resolvidos brevemente”, disse Barata. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.