Breno Paquelet
11 de maio de 2020 | 19h07
Há quase dois meses, por conta da pandemia do novo coronavírus, estamos experimentando uma mudança drástica na forma de trabalhar. Tecnicamente, estamos fazendo home office, mas, na prática, diversos aspectos distanciam bastante o formato atual do sentido original desse termo.
Poucas pessoas defenderiam que o modelo ideal seria trabalhar de casa, com os filhos enclausurados o dia inteiro, dividindo o espaço com o cônjuge ou sem alguém para ajudar nas tarefas domésticas, com privação de contatos sociais e das atividades que lhe dão prazer.
Por isso, qualquer avaliação feita sobre as vantagens do home office no cenário atual é precipitada e imprecisa. Precisamos tratar o modelo atual como ele realmente é: provisório e forçado.
Ao concluir que não é um modelo desejado e que é o único formato permitido atualmente, precisamos superar essas análises e aprender a lidar da melhor forma possível com ele, considerando suas limitações e particularidades para extrair o melhor das pessoas.
Os líderes que melhor estão lidando com o cenário atual são os que conseguem estabelecer prioridades, se comunicar com clareza e dialogar com a equipe (entendendo as dificuldades que cada colaborador tem enfrentado para redesenhar atividades).
Pontuo, abaixo, algumas reflexões que podem ser úteis para os líderes nesse processo (e para os liderados, que podem aproveitar esses pontos e tentar sugerir formas mais eficazes de realizar seu trabalho):
Esses ajustes na forma de trabalhar demandam diálogo e confiança entre gestor e equipe. Se bem executados, podem gerar aumento imediato de produtividade e práticas que poderão ser incorporadas à rotina pós-crise.
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* Breno Paquelet é especialista em negociações estratégicas pela Harvard Business School, com educação executiva em Estratégia Empresarial no Massachusetts Institute of Technology (MIT). É professor do MBA em Gestão Empreendedora da Universidade Federal Fluminense (UFF), professor convidado da Casa do Saber/RJ e autor do livro ‘Pare de Ganhar Mal’ (ed. Sextante).
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