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Guedes encontra Doria e pede apoio para votação de Previdência até abril

Ministro quer garantir que os governadores  mobilizem as bancadas dos seus Estados no Congresso

Foto do author Adriana Fernandes
Foto do author Célia Froufe
Por Adriana Fernandes e Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:

DAVOS - Hospedados no mesmo hotel em Davos para o Fórum Econômico Mundial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o govenador de São Paulo, João Doria, acabaram se encontrando e conversando rapidamente sobre a reforma da Previdência.

O ministro disse que a reforma é “prioridade absoluta” e pediu ao governador apoio para a votação da reforma no primeiro quadrimestre do ano. Guedes quer garantir que os governadores  mobilizem as bancadas dos seus Estados no Congresso para aprovar a reforma.

Ministro disse que a reforma é 'prioridade absoluta' Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Está acertado que o ministro da economia estará no Fórum de governadores, marcado para o dia 26 de fevereiro em Brasília. Ele estará acompanhado do secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, que está organizando a proposta que o governo deve enviar ao Congresso no início de fevereiro.

O governador está em Davos para atrair capital estrangeiro e colocar em prática o pacote de desestatização do Estado. O plano de privatizações do governo de São Paulo contempla a venda de aeroportos e novos trechos de rodovias e estradas férreas estaduais.

Doria participará nesta terça-feira, em Davos, do seminário “New Era in Latin America”, que terá uma mesa formada pelos presidentes do Paraguai (Mario Benitez), Costa Rica (Carlos Quesada), Colômbia (Ivan Duque), Equador (Lenin Moreno) e Peru (Martin Corneiro).

Discurso

O discurso do presidente Jair Bolsonaro, previsto para amanhã à tarde durante o Fórum Econômico Mundial, terá de 10 a 20 minutos, fará um "sobrevoo" sobre todos os ministérios, mas não detalhará a reforma da Previdência que deve ser enviada ao Congresso pelo atual governo. A antecipação foi feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, ao chegar ao hotel onde está instalado em Davos.

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 "Dei uma olhada, não é discurso longo, pois não quer fazer uma coisa que seja muito monótona. É um panorama geral, ele vai dar um sobrevoo por todos os ministérios, pois todos os ministros o ajudaram na confecção da mensagem", explicou. Mais cedo, o presidente havia relatado que os ministros corrigiram o discurso que fará amanhã.

 Eduardo calculou que o tempo de fala de Bolsonaro no centro de conferência do vilarejo deve durar de 10 a 20 minutos. "Isso é o que eu acho, mas ele pode chegar lá na hora e improvisar", cogitou. Ele descartou que a reforma da Previdência seja evidenciada durante a declaração, argumentando que este é um assunto que remete mais aos brasileiros do que à comunidade internacional.

 A reportagem do Estadão/Broadcast lembrou ao deputado, no entanto, que muitos investidores estrangeiros argumentam que precisam saber como será o comprometimento do governo com essa reforma para aplicarem recursos no Brasil. "Todos sabem que a Previdência está nos planos. Eles estão estudando, etc e tal, mas isso é para apresentar lá no Brasil", disse, explicando que nem sobre datas deverá haver alguma informação amanhã. 

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