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IED de 2014 pode superar o do ano passado, diz Mantega

No último ano, investimento estrangeiro não foi capaz de tapar o rombo das contas externas; em janeiro, também não

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Por Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Em conferência com analistas estrangeiros nesta sexta-feira, 21, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o País pode registrar Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) neste ano maiores do que os apresentados no ano passado.

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"Começamos o ano muito bem com IED de US$ 5 bilhões em janeiro, superior aos US$ 3,7 bilhões de janeiro do ano passado. Isto significa que poderemos ter o mesmo número de investimento direto do ano passado e até maior se essa tendência continuar ocorrendo", disse o ministro.

No último ano, o IED não foi capaz de cobrir o rombo recorde das contas externas. Isso não acontecia desde 2011. Neste ano, como foi divulgado nesta sexta, o descompasso se mantém.

Ele destacou também que foi registrada em janeiro entrada de renda fixa maior do que no mesmo mês do ano passado.

"Esperamos que vai haver um fluxo, seja de investimento estrangeiro direto, seja de capital, seja de investimento financeiro no Brasil, porque as condições estão muito atraentes", disse Mantega.

"Estamos com taxa de juros mais elevada isso é difícil hoje no mundo, vai atrair modalidades de investimento externo", completou.

Mantega apontou ainda que a estabilização do câmbio permitirá maior investimento externo. "Depois de termos um janeiro com grande volatilidade, não só na moeda brasileira mas em todas as moedas, a impressão nesse cenário de fevereiro é que estamos encontrando estabilidade cambial", disse. "Quando houver essa estabilização do câmbio certamente haverá um ingresso maior de investimentos, aplicações financeiras."

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Crescimento via investimento. Mantega citou os investimentos que o Brasil terá com as concessões em infraestrutura.

"Lançamos um grande programa de concessões de infraestrutura para o setor privado", disse o ministro.

"Teremos certos investimentos na área de logística e gás e petróleo, que já estão em curso. Isso deverá recuperar nossas taxas de crescimento em 2014 e nos próximos anos", disse o ministro.

Turbulência entre emergentes. O ministro da Fazenda disse que "estamos vivendo um período de volatilidade nas economias emergentes".

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De acordo com o ministro, a volatilidade "advém da redução dos estímulos do Fed e outros problemas que ocorrem na economia mundial pela falta de comércio no mundo, falta de mercado para indústria, para demais atividades".

"Se houver a recuperação da economia mundial conforme previsto por todos os analistas, a volatilidade deve diminuir e todos, emergentes e avançados, estaremos caminhando para uma situação mais sólida", disse o ministro.

Ele apontou ainda que, se os Estados Unidos consolidarem o crescimento, a União Europeia também der "alguns passos importantes em relação ao crescimento" e a China estabilizar, "haverá reação positiva dos emergentes, inclusive do Brasil para 2014 e próximos anos".

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