O presidente da petroquímica Braskem, Fernando Musa, disse nesta quinta-feira, 9, em teleconferência, que a companhia não recebeu nenhuma proposta de compra, como noticiou a imprensa no fim de outubro. Conforme o noticiário, a holandesa LyondellBasell teria interesse em comprar o controle da empresa. A Odebrecht é controladora da Braskem, com 50,1% do capital votante, e a Petrobrás possui 47%.
"Nós não fomos abordados com proposta de aquisição. Esse é um assunto que passa pelos acionistas e, em função disso, na sequência dessas matérias, solicitamos informações e recebemos o retorno de que não havia qualquer proposta", disse o executivo.
Musa lembrou, ainda, do comunicado enviado pela Odebrecht, no qual o grupo reafirma sua intenção de manter a Braskem como parte dos investimentos do grupo, mas que segue trabalhando em alternativas que agreguem valor à petroquímica e a todos os seus acionistas.
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Acionistas. Os acionistas da Braskem, Petrobrás e Odebrecht, estão negociando a revisão do acordo de acionistas da companhia, mas a gestão da empresa não tem qualquer participação nesse processo, destaca Fernando Musa.
Em julho, a Petrobrás informou ao mercado que iniciou o processo de revisão do acordo de acionistas, assinado em fevereiro de 2010.
Essa revisão busca aprimorar a governança corporativa da Braskem e o relacionamento societário entre as partes, visando a criação de valor para todos os acionistas da Braskem", disse a estatal, em comunicado ao mercado divulgada à época.
Aporte. Os investimentos da Braskem deverão ficar próximos do orçamento previsto para o ano, de R$ 1,761 bilhão, disse o presidente da companhia.
No terceiro trimestre do ano, os investimentos da Braskem somaram R$ 466 milhões e, no acumulado do ano, foi de R$ 1,16 bilhão. O executivo frisou, no entanto, que no programa de investimentos para 2017 a taxa de câmbio utilizada previa o real mais desvalorizado.