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Valorização de bitcoin é 'bolha' e 'pirâmide', diz Banco Central

Para o presidente da instituição, Ilan Goldfajn, subida vertiginosa 'sem lastro e sem regulação' de moedas virtuais sinalizam risco

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Por Eduardo Rodrigues , Fabrício de Castro e Adriana Fernandes
Atualização:

Moeda estreou no mercado futuro na Bolsa de Chicago Foto: JUSTIN TALLIS/AFP-20/11/2017

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BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, qualificou nesta quarta-feira o crescimento de moedas virtuais, como o bitcoin, de “bolha” ou “pirâmide” e alertou para os riscos de se investir neste tipo de ativo não regulado pelos bancos centrais. “Como estão hoje, com essa subida vertiginosa sem lastro e sem regulação, essas moedas levam a um risco tal que o BC emitiu um alerta. Isso tem que ser levado em consideração por aqueles que compram e transacionam essas moedas”, respondeu, em entrevista coletiva para fazer um balanço da instituição em 2017 e das ações da Agenda BC+.

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Para o presidente do BC, uma das funcionalidades dessas moedas virtuais é a compra para revenda por um preço maior adiante. “Ou seja, comprar e passar para frente, o que é uma típica bolha ou pirâmide. Não é algo que nós reguladores deveríamos incentivar”, enfatizou.

Em segundo lugar, Goldfajn disse que essas moedas também podem ser usadas para atividades ilícitas. “Usar esse tipo de moeda não isenta do crime, da pena e da punição”, completou.

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Ele também comentou o fato de algumas pessoas nos Estados Unidos já estarem hipotecando suas casas para adquirir moedas virtuais. “Não hipoteque sua casa para comprar essas moedas. A nossa ideia é ter muito instrumento e muito ativo para transacionar.”

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