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Ibovespa fecha com queda de 7% em meio ao avanço do coronavírus

O dólar fechou o pregão cotado a R$ 4,4413 com ajustes pós-carnaval, quando os ativos internacionais tiveram perdas fortes por causa da disseminação do coronavírus fora da China

Por Agência Estado
Atualização:

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Os mercados domésticos experimentaram, desde o começo do pregão desta Quarta-feira de Cinzas, às 13h, forte aversão ao risco, em correção aos dias fechados devido ao carnaval. Mas as notícias sobre o crescimento de casos de coronavírus não pararam de chegar e o que ameaçava ser um pregão de recuperação em Nova York no começo do dia, depois de dois tombos consecutivos, acabou não ocorrendo, o que aprofundou as perdas dos ativos no Brasil.

Como resultado, o Ibovespa chegou a devolver mais de 8,5 mil pontos durante o pregão, com todos os papéis do índice em queda. No fim, com Vale e Petrobras cedendo quase 10%, a Bolsa local recuou 7%, aos 105.718,29 pontos.  O dólar se aproximou de R$ 4,45 e terminou o pregão com valorização de 1,11% no mercado à vista de balcão, encerrando em novo recorde histórico, a R$ 4,4413, num movimento limitado pelos leilões extras de swap anunciados pelo BC para hoje e amanhã. A curva de juros, por sua vez, experimentou inclinação, com as taxas curtas perto da estabilidade e as longas acumulando prêmios de ao redor de 15 pontos.

Só em fevereiro, dólar teve oito fechamentos em nível recorde. Foto: JF Diorio/ Estadão

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Além do estresse causado pelos temores em relação ao coronavírus para a economia global e, consequentemente, brasileira - ontem o País teve o primeiro caso da doença confirmado  -, todo esse movimento teve como pano de fundo o risco político no Brasil. No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro compartilhou, por meio de sua conta no Whatsapp, um vídeo que convocava manifestação em sua defesa e contra o Congresso, despertando temores de uma piora na relação entre os poderes que dificulte ainda mais a continuidade das reformas.

No mês de fevereiro, apenas sete ações do Ibovespa ainda sustentam ganhos. O real, até devido aos dias em que não foi negociado, teve o pior comportamento ante o dólar quando comparado a uma cesta de 34 moedas. Lá fora, após mais um caso de coronavírus confirmado nos Estados Unidos e com países, como a Rússia, estendendo restrições relacionadas à doença, as bolsas em Wall Street fecharam sem direção única, enquanto a curva de juros formada entre os rendimentos dos títulos de três meses e dez anos aprofundou a inversão recente e aumentaram as apostas de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve.

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