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Bolsa sobe e dólar cai com otimismo com reforma da Previdência

Definição de presidente e relator da Comissão especial da Câmara animou investidores; moeda americana perdeu força depois de começar o dia cotada a R$ 4 e Ibovespa passou dos 96 mil pontos

Por Silvana Rocha e Maria Regina Silva
Atualização:

As definições do presidente e do relator da Comissão Especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM) e Samuel Moreira (PSDB-SP), respectivamente, anunciadas pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia, e o ritmo de instalação do colegiado na manhã desta quinta-feira, 25, agradaram aos investidores. 

O principal índice de ações da B3 terminou o dia aos 96.552,03 pontos, na máxima do dia, com ganho de 1,59%. Os negócios somaram R$ 14,9 bilhões . O Ibovespa reagiu, virando para o positivo, e às 14h15 passava dos 96 mil pontos, em meio à repercussão dos nomes, que seriam "pró-mercado". Ramos prometeu esforço para agilizar as discussões, num colegiado que terá 49 integrantes, acima dos 37 da comissão do governo Temer.

Mercado acompanha a tramitação da reforma da Previdência. Foto: Renato S.Cerqueira/Futura Press

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Moreira avaliou que o ambiente para tramitação é favorável, admitindo, contudo, que é necessário conquistar os deputados com argumentos fortes. E adiantou que é quase unanimidade a retirada do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos de baixa renda, e alterações na aposentadoria rural da proposta. 

Antes da eliminação desses pontos, a economia fiscal é esperada em R$ 1,236 trilhão em dez anos - dado atualizado no detalhamento dos números de impacto da reforma por área, divulgado pelo Ministério da Economia. 

Também o dólar respondeu aos anúncios dos nomes para a Comissão Especial, Com máxima de R$ 4,006 e mínima de R$ 3,9499, o dólar encerrou os negócios cotado a R$ 3,9554, em queda de 0,78%. Apesar do alívio de hoje, a moeda americana ainda acumula alta de 0,65% na semana. Isso após o dólar superar R$ 4, no maior valor durante o dia desde 28 de março, nos primeiros negócios da sessão. 

o índice do dólar DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, devolveu parte dos ganhos da véspera, quando alcançou o maior valor em dois anos. 

No exterior, o dólar manteve sua força, com o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, operando em leve alta à tarde e ainda acima da marca de 98 pontos, um dia depois de atingir máximas em dois anos. O movimento do dólar continuou a pressionar o peso na Argentina, que renovou mínima histórica, o que levou o Banco Central da nação sul-americana a intervir para conter o movimento do câmbio. A força do dólar ainda levou para baixo as commodities, como o petróleo, enquanto nas bolsas a sessão foi negativa na Europa e sem sinal único em Nova York, com balanços no radar.

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